A ordem divina para amarmos Israel

A ordem divina para amarmos Israel

“Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam. Haja paz dentro de teus muros e prosperidade dentro dos teus palácios. Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: haja paz em ti! Por causa da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem” (Salmo 122.6-9).

Para nós, cristãos, que temos a consciência da infalibilidade e da imutabilidade das promessas divinas, independente de a quem sejam endereçadas, torna-se um imperativo a obediência aos mandamentos do Senhor, em especial quando se trata de rogarmos pela paz e prosperidade da Cidade Santa, que o próprio Deus escolheu para habitação do Seu Templo e de onde o Messias irá governar a Terra no Milênio. Ao orarmos por Jerusalém, estaremos também estendendo o nosso clamor para todo o país, pois ela é a capital indivisível e eterna de Israel, apesar da incompreensão dos governos e da opinião internacional.

A nação judaica tem sido vítima dos piores ataques e campanhas difamatórias ao longo dos séculos, porém o povo israelita tem resistido e superado toda investida contrária devido ao socorro preciso do Criador em todas as situações adversas. Contudo, isso não descarta a necessidade de que a Igreja, ao redor do mundo, exerça o seu papel de intercessora para que todos os planos do inimigo comum de Israel e da Igreja caiam por terra e a paz que excede todo entendimento possa reinar plenamente na Terra Santa.

O território que esteve durante 400 anos sob o domínio do Império Otomano, após o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, é transferido para a administração da Grã-Bretanha, a qual assume a responsabilidade de promover “a imigração e a colonização judaica no país”, cujo término ocorre em 14 de maio de 1948, quando é proclamado o moderno Estado de Israel. Todavia, esse evento magnífico, que poderia ter selado a paz para o povo judeu em definitivo, provocou uma forte reação de nações árabes inimigas, inconformadas com o retorno dos judeus à sua pátria.

Provavelmente, o Estado de Israel é a única nação do mundo acusada injustamente de “ocupar” parte do território que lhe pertence de fato e de direito. A denominada Cisjordânia (West Bank em inglês), uma área correspondente a 6.020 km², abrangendo os territórios da Judeia e da Samaria, está no âmago do conflito israelense-palestino e durante o ano de 2020 foi tema de questionamentos e indignação em grande parte das comunidades árabe e internacional.

Influenciada pelos órgãos de imprensa, os quais, em sua maioria, são de tendência pró-árabe e antissemita, a opinião pública mundial tende a criminalizar o governo israelense, explorando de forma errônea o termo anexação, que não condiz veridicamente ao território em litígio atualmente, pois, no contexto geopolítico, “anexação é quando um país declara que uma faixa de terra além das suas fronteiras é parte do estado”. E por que isso não se aplica a Israel? Porque todo o seu território (hoje, uma área de 27.800 km²) é uma herança divina (contra a qual não há nenhuma legitimidade em questionamentos humanos, sejam de governos ou de indivíduos), pertenceu durante mais de mil anos a Israel e foi reconquistada em uma guerra da qual Israel foi vítima (Guerra dos Seis Dias, em 1967). Apesar de todas as ameaças (internas e externas), Israel encontra-se no direito legal à sua propriedade, a qual lhe foi sequestrada durante quase dois milênios, mas que, agora, pode administrá-la na sua plenitude em cumprimento à profecia. “E as tirarei dos povos, e as farei vir dos diversos países, e as trarei à sua terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto às correntes e em todas as habitações da terra. Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será a sua malhada; ali, se deitarão numa boa malhada e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel” (Ezequiel 34.13, 14).

Acrescentando, como servos de Deus, devemos ter em mente que o conflito em pauta antes de ser político ou territorial, é uma batalha espiritual porque o Diabo e seus aliados não toleram a existência de Israel, mesmo quando este estava distante de sua pátria. Em face disto, a nossa oração não deve ser feita somente em prol dos judeus, porém especialmente pelos governantes dos judeus e palestinos; com destaque para o primeiro-ministro israelense (a quem cabe as principais decisões políticas da nação) e para os membros do Knesset (o Parlamento, responsável pela elaboração das leis); e também para os líderes da Autoridade Nacional Palestina, para que abandonem o radicalismo e aceitem um acordo de paz, o qual beneficie e estimule o bem-estar social palestino.

De acordo com a Bíblia Sagrada, não existe o plano divino de dois estados nacionais coabitarem no território israelense; entretanto, isto não implica na manutenção das rivalidades entre os povos judeu e árabe, pois, apesar da bênção maior ter sido concedida a Isaque e a seus descendentes através de Jacó, a descendência de Ismael recebeu também uma bênção quando Deus declarou a Abraão: “Mas também do filho desta serva farei uma nação, porquanto é tua semente” (Gênesis 21.13). Assim também lemos em Gênesis 16.17-21: “Então, caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de teu rosto! E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele. E, quanto a Ismael, também te tenho ouvido: eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano seguinte”.

Inclusive, há muitos cristãos árabes (palestinos e de outros países), os quais adoram o mesmo Deus de Israel e precisam, do mesmo modo, serem alvos do nosso clamor, tendo em vista a perseguição que sofrem pelo fato de não serem seguidores de Alá, mas de Adonai. Podemos, então, concluir que a nossa responsabilidade envolve muito mais que a intercessão pelos israelitas, mas abrange os palestinos, as nações circunvizinhas do Oriente Médio e as demais nações do planeta (quer sejam aliadas de Israel ou não). Portanto, oremos; e que assim, em breve, possa ser cumprida na plenitude a profecia registrada em Zacarias 8.13-15: “E há de acontecer, ó casa de Judá e ó casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não temais, esforcem-se as vossas mãos. Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Assim como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais me provocaram à ira, diz o Senhor dos Exércitos, e não me arrependi, assim pensei de novo em fazer bem a Jerusalém e à casa de Judá nestes dias; não temais”.

por Paulo Silas Belém da Silva

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