A graça de Deus na vida humana

A graça de Deus na vida humana

A graça é, provavelmente, o mais conhecido dos atributos de Deus, e um dos mais amados da Igreja, porque se trata do seu favor pessoal dispensado ao homem. A graça é a resposta divina a toda deficiência humana e resulta em benefícios para todos nós. Esses benefícios são expressos através da salvação, misericórdia, benevolência, livramento, paz e alegria. 

Deus de toda a graça

O Espírito Santo revela através do apóstolo Pedro uma característica peculiar de Deus, quando aquele o chama como “Deus de toda a graça” (1 Pedro 5.10). Esta expressão significa a profundidade da graça divina. No dizer do autor do hino 205 da Harpa Cristã é “Mais alta que nuvens celestes, / Mais funda que o profundo mar,/ A fonte da vida fizeste,/ A qual nos podemos fartar”. Somente esta “toda graça” que é capaz de anular os tristes efeitos do pecado. Você conhece outra tão grande mensagem de esperança para homem? 

Se esse favor de Deus alcançasse apenas os “santos e justos”, que favor seria esse? Dessa maneira que tipo de Evangelho teríamos para anunciar, pois “ninguém é bom senão um só que é Deus” (Marcos 10.18)? Além disso, ninguém seria alcançado, uma vez que todos os homens pecaram (Romanos 3.23).

Qual o alvo da graça?

Não podia ser outro o alvo da graça divina: a salvação do ser humano, conforme vemos em Efésios 2.8,9 e Tito 2.11-13. De acordo com a Palavra de Deus, o ser humano sem conexão com Deus, está morto. O apóstolo Paulo registrou este fato na carta aos Efésios 2.5: “Estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos.” Ora, um cadáver nada pode fazer por si mesmo; seja para ressuscitar ou renascer física e espiritualmente. Neste momento a graça de Deus entra em ação. Tudo é realizado pela exclusiva bondade do Altíssimo para que o homem não receba qualquer mérito neste processo. Mesmo assim, existe a necessidade da participação do indivíduo e esta participação encontra-se em sua decisão de aceitar o perdão divino. Isto fica bem claro no texto de Efésios 2.8,9: “Pela graça sois salvos; e isto não vem de vós é dom de Deus. Não vem das obras (ação humana) para que ninguém se glorie.” (A explicação entre parêntesis é nossa). É confortante entender que o Criador deseja compartilhar a sua graça com você. Esse desejo foi tão grande a ponto de investir tudo o que de mais precioso possuía, que foi o seu próprio filho, o seu único filho (João 3.16).

Qual a diferença entre lei e graça?

Parece que estar enraizada no coração humano o sentimento de que ele tem de ser ou fazer alguma coisa para tornar-se merecedor da salvação, ou para recompensar, de alguma forma esse favor divino. Para entender melhor essa dádiva divina vamos estabelecer alguns poucos contrastes entre a lei e a graça:

A pessoa está sob a lei, quando tenta garantir sua salvação ou santificação como recompensa, por fazer boas obras ou observar certos cerimoniais; a pessoa está sob a graça, quando assegura para si a salvação na obra que Deus fez por ela (mediante a morte de Cristo), e não em alguma obra que esta pessoa tenha feito para Deus.

A lei exige que tudo seja pago: “olho por olho, dente por dente”; enquanto a graça afirma que tudo já foi pago (no calvário conforme Colossenses 2.14).

A imposição da lei condena (Gálatas 3.10,11); enquanto que a graça justifica (Romanos 5.1,2).
Quem está sob a lei é um simples escravo (Gálatas 4.1-3); enquanto quem está sob a graça é um filho, com todos os direitos de herança (Gálatas 4.4,5).

A lei apenas acusa o homem de pecador, mas nada faz para salvá-lo; enquanto a graça salva sem nada cobrar (Efésios 2.8,9).

É difícil descrever resumidamente um assunto tão amplo e maravilhoso como este, mas, um ponto que bem complementa a ideia da bênção de Deus para nossas vidas é o fato mencionado por Paulo que, Jesus além de pagar nossas dívidas (pecados), “cravou-as na cruz” (Colossenses 2.14). Este fato retrata um costume entre os orientais que, ao ser paga uma dívida, o ex-devedor afixava nos umbrais da sua porta o documento de quitação, uma espécie de recibo, onde estavam descritas cada uma das dívidas pagas. Esse ato tinha por objetivo mostrar para todos que a dívida havia sido quitada totalmente. O apóstolo Paulo referiu-se à conta dos nossos delitos diante de Deus, a qual ninguém podia pagar, e que nos condenava, mas o Senhor quitou essa dívida na cruz, e aqueles que se dirigem a Ele aceitando-O como Salvador e Senhor de sua vida, os pecados são perdoados. E, mais: O tal recibo afixado na porta é o próprio Cristo pendurado na cruz! Não é maravilhoso?

São essas bondades infindas de Deus que levam homens simples, como o inglês John Newton, ex-traficante de escravos, a compor tão belas músicas como “Amazing Grace” (Maravilhosa Graça), conhecida em todo o planeta e entoada nos velórios norte-americanos. “Maravilhosa graça, quão doce é o som / Que salvou um miserável como eu, / Eu estive perdido, mas agora fui encontrado/ Eu era cego, mas agora vejo.”

Prezado leitor: Por que você não decide aceitar esta maravilhosa graça? Milhares de pessoas em todo o mundo já decidiram-se por Cristo. Eu tenho certeza que você não se arrependerá.
Pastor Cyro Mello.

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