Recorde: Bancada Evangélica terá 134 deputados federais e 13 senadores

Recorde: Bancada Evangélica terá 134 deputados federais e 13 senadores

Se após a eleição de 2018 a Bancada Evangélica no Congresso Nacional chegou ao número histórico de 88 deputados federais, o pleito deste ano pulverizou o recorde anterior. Segundo levantamento feito pela equipe do jornal Mensageiro da Paz, a Bancada Evangélica terá agora pelo menos 134 deputados federais, o que representa 26% da Câmara Federal na próxima legislatura, que iniciará em fevereiro de 2023. A lista completa dos evangélicos eleitos está publicada ao final desta matéria.

Esse número pode ser um pouco maior, se alguns nomes, eventualmente não captados pelo levantamento que fizemos, surgirem na formação oficial da próxima Frente Parlamentar Evangélica a ser registrada no Congresso Nacional ano que vem. Seja como for, pela primeira vez na história podemos dizer que a Bancada Evangélica no Congresso Nacional terá uma representação numérica de evangélicos na Câmara que praticamente condiz com o tamanho que os evangélicos têm hoje no país. Segundo as últimas estimativas, os evangélicos representariam hoje 30% da população brasileira.

Os estados que elegeram mais deputados federais evangélicos, segundo o levantamento do Mensageiro da Paz, foram Rio de Janeiro, com 18 deputados, e São Paulo, com 17. Em terceiro lugar está Minas Gerais, com 16 deputados federais evangélicos, dentre eles o deputado federal mais votado e mais jovem da história de Minas Gerais: Nikolas Ferreira (PL), que obteve 1.492.047 votos.

Outro detalhe importante é que o pleito de 2022 foi o primeiro em que todas as 27 unidades da federação brasileira elegeram evangélicos para a Câmara Federal. Isso nunca tinha ocorrido antes.

Assembleia de Deus elege 22 deputados federais e dezenas de estaduais

Pelo levantamento do jornal Mensageiro da Paz, as Assembleias de Deus - CGADB, Madureira e independentes - elegeram no pleito deste ano 22 deputados federais (a maioria irmãos ligados à CGADB) e dezenas de deputados estaduais. O número total de eleitos pelo Brasil pela Assembleia de Deus ainda não foi confirmado pelo Conselho Político da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), mas alguns nomes se destacam nas apurações feitas por nossa equipe.

Em São Paulo, por exemplo, o pastor Paulo Freire (PL) foi reeleito para Câmara Federal com 161.675 votos e a irmã Marta Freire (PSD) foi reeleita para a Assembleia Legislativa de São Paulo com 170.541 votos. O pastor Marco Feliciano (PL) foi reeleito deputado federal. No Ceará, Dr. Jasiel (PL) foi eleito deputado federal e Drª Silvana, deputada estadual. No Espírito Santo, Dr. Victor Linhalis (Podemos) foi eleito deputado federal.

Em Pernambuco, o pastor Francisco Eurico (PL) foi reeleito deputado federal com 100.811 votos e o irmão André Ferreira (PL) foi o deputado federal mais votado do estado, com 273.267 votos. Clarissa Tercio (PP) ficou em segundo lugar em votos, com 240.511 votos. Entre os estaduais eleitos em Pernambuco, Adalto Santos (PP) e pastor Junior Tercio (PP). No Maranhão, o pastor Gildenemyr (Pr. Gil) e o irmão Josivaldo dos Santos Melo foram eleitos deputados federais, e a irmã Mical Damasceno foi eleita deputada estadual. Em Sergipe, o pastor Samuel Carvalho foi eleito deputado estadual.

Na Bahia, os pastores Alex Santana e Sargento Isidoro foram eleitos deputados federais, e o pastor Samuel Junior foi reeleito deputado estadual. Em Alagoas, o diácono Mesaque Padilha foi eleito deputado estadual. No Distrito Federal, o irmão Gilvan Máximo foi eleito deputado federal e Evangelista Iolando foi eleito deputado distrital. Em Tocantins, o irmão Aldair da Costa Souza (Gipão) foi eleito deputado estadual.

No Pará, o pastor Olival Marques foi eleito deputado federal e o pastor Josué Paiva foi eleito deputado estadual. Em Santa Catarina, o irmão Ismael dos Santos foi eleito deputado federal e o irmão Marcos da Rosa, deputado estadual. No Rio Grande do Sul, os irmãos Elizandro Sabino e Martim Todesco Adreani foram eleitos deputados estaduais. No Paraná, a cantora Mara Lima foi reeleita deputada estadual. 

Estes nomes acima são só alguns nomes que já havíamos apurado até o fechamento desta edição do jornal. Veja a seguir a lista completa, por estado, de todos os eleitos para a Câmara Federal neste ano que comporão a próxima Frente Parlamentar Evangélica.

Novos senadores evangélicos

No Senado, as novidades evangélicas são cinco nomes: Jaime Bagatolli (PL), empresário e membro da Assembleia de Deus, eleito para o Senado por Rondônia com quase 300 mil votos; a pastora Damares Alves (PL), da Igreja Batista da Lagoinha, eleita com mais de 700 mil votos para o Senado pelo Distrito Federal; a volta ao Senado de Magno Malta (PL-ES), batista, eleito no pleito deste ano com mais de 800 mil votos; a eleição do então deputado federal e pastor Alan Rick (União Brasil), eleito para o Senado pelo Acre com 154.312 votos; e a eleição do presbiteriano Laércio Oliveira (PP), que era também deputado federal, para o Senado por Sergipe com mais de 300 mil votos.

Da legislatura iniciada em 2019 e que se estende até 2026, permanecem os senadores Zequinha Marinho (PL-PA), da Assembleia de Deus; Luiz do Carmo (PSC-GO), da Assembleia de Deus; Eliziane Gama (PPS-MA), da Assembleia de Deus; Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da Igreja Batista; Mecias de Jesus (Republicanos-RR), da Igreja Nova Vida; e Carlos Viana (PL-MG), da Igreja Batista. Outros que permanecem da Bancada Evangélica no Senado são Izalci Lucas (PSDB-DF) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

O senador Arolde de Oliveira (PL-RJ), batista, morreu durante o mandato e seu substituto, o advogado Carlos Portinho (PL-RJ), então suplente, não pertence à Bancada Evangélica, embora seja um apoiador de algumas de suas pautas.

Como o fechamento desta edição se deu antes do resultado do segundo turno para o governo de Rondônia, para o qual estava concorrendo o senador Marcos Rogério (PL-RO), da Assembleia de Deus, então não tínhamos ainda a informação se ele continuaria os próximos quatro anos no Senado ou se estaria agora à frente do governo do estado de Rondônia. E como o senador Rodrigo Cunha (União Brasil-AL) havia se licenciado para concorrer ao governo de Alagoas, indo para a disputa no segundo turno, não sabemos também se sua suplente, a Dra. Eudócia Caldas (PSB-AL), evangélica, que assumiu em maio deste ano, permanecerá no cargo para concluir os quatro últimos anos de mandato. Caso Cunha ganhe, ela deverá permanecer.

Portanto, se antes eram 10 senadores evangélicos (um deles sendo Arolde de Oliveira, 2019-2020, ou Dra. Eudócia, 2022), hoje são 13, podendo chegar a 15 dependendo dos resultados em aberto para os governos de Rondônia e Alagoas. Isso representa quase 20% do Senado.

Sobre a importância de termos representantes nas câmaras estaduais e no Congresso Nacional, comenta o pastor e atualmente deputado federal Ronaldo Fonseca, presidente do Conselho Político da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Brasil (CGADB): “Para nós, evangélicos, o mais importante é o parlamento. Porque é no parlamento que nós fazemos frente às intenções de ideologias mais liberais, que querem ferir os princípios cristãos. É lá no parlamento que nós enfrentamos. E a informação que temos é que este parlamento eleito é um parlamento mais conservador do que o anterior”. Ele considera que o número de evangélicos eleitos só não foi ainda maior devido ao aumento do número de candidatos conservadores e a consequente “pulverização” de votos entre eles. Aos eleitos, o presidente do Conselho Político deixou a seguinte mensagem: “Deixo uma palavra de ânimo para todos aqueles que foram eleitos para as assembleias legislativas, para o Senado e também para a Câmara Federal: que sejam bastante atuantes, combatentes e ativos, porque nós não sabemos ainda o resultado do segundo turno para a Presidência da República. Mas se der um resultado inesperado e a esquerda volte a comandar o país, nós vamos precisar de uma bancada muito aguerrida, uma bancada muito forte para o enfrentamento ali no Congresso Nacional”.

Bancada Evangélica para a legislatura 2023-2026 na Câmara Federal

Acre – Antônia Lucia (Republicanos) e Keiliane Cordeiro (Republicanos).

Alagoas – Marx Beltrão (PP), Isnaldo Bulhões Jr (MDB) e Delegado Fábio Costa (PP).

Amapá – Federal Jorielson (PL).

Amazonas – Capitão Alberto Neto (PL), o segundo mais votado no estado, com 147.846 votos; Silas Câmara (Republicanos), Sidney Leite (PSD) 

Bahia – Otto Alencar Filho (PSD), o mais votado no estado, com 200.909 votos; Pastor Sargento Isidório (Avante), Antonio Brito (PSD), Márcio Marinho (Republicanos), Alex Santana (Republicanos), Capitão Alden (BA) e Rogéria Santos (Republicanos).

Ceará – André Fernandes (PL), o mais votado no estado, com 229.509 votos; Domingos Neto (PSD), Dr. Jaziel (PL) e Dayany do Capitão (União Brasil).

Distrito Federal – Rafael Prudente (MDB), Júlio César (Republicanos) e Gilvan Máximo (Republicanos). Mesmo não sendo evangélica, a deputada Bia Kicis (PL), a mais votada no DF, com 214.733 votos, ingressou oficialmente na Frente Parlamentar Evangélica em janeiro de 2021.

Espírito Santo – Evair Vieira de Melo (PP), Messias Donato (Republicanos) e Dr. Victor Linhalis (Podemos).

Goiás – Glaustin da Fokus (PSC), Célio Silveira (MDB), Professor Alcides Rodrigues (PL) e Jeferson Rodrigues (Republicanos).

Maranhão – Pastor Gil (PL), Josivaldo JP (PSD), Josimar Maranhãozinho (PL), Aluísio Mendes (PSC), Marreca Filho (Patriota) e Cléber Verde (Republicanos).

Mato Grosso – Abílio Junior (PL), o segundo mais votado no estado, com 87.072 votos; José Medeiros (PL), o terceiro mais votado no estado, com 82.182 votos; Juarez Costa (MDB) e Emanuel Pinheiro Neto (MDB).

Mato Grosso do Sul – Rodolfo Nogueira (PL).

Minas Gerais – Nikolas Ferreira (PL), o deputado federal mais votado do Brasil, com 1.492.047 votos; Marcelo Álvaro Antônio (PL), Misael Varella (PSD), Lincoln Portela (PL), Junio Amaral (PL), Diego Andrade (PSD), Fred Costa (Patriota), Delegada Ione Barbosa (Avante), Domingos Sávio (PL), Stephano Aguiar (PSD), Euclides Pettersen (PSC), Newton Cardoso JR (MDB), Greice Elias (Avante), Hercílio Coelho Diniz (MDB), Gilberto Abramo (Republicanos) e Pinheirinho (PP).

Pará – Delegado Éder Mauro (PL), o segundo mais votado no estado, com 205.543 votos; Raimundo Santos (PSD), Junior Ferrari (PSD), Celso Sabino (União Brasil), Joaquim Passarinho (PL) e Olival Marques (MDB), 

Paraíba – Aguinaldo Ribeiro (Progressistas), o segundo mais votado no estado, com 135.001 votos; e Ruy Carneiro (PSC). 

Paraná – Deltan Dalagnol (Podemos), o mais votado no estado, com 344.917 votos; Filipe Barros (PL), o terceiro mais votado no estado, com 249.507 votos; Felipe Francischini (União Brasil), Sargento Fahur (PSD), Vermelho (PL), Diego Garcia (Republicanos) e Toninho Wandscheer (PROS).

Piauí – Rejane Dias (PT).

Pernambuco – André Ferreira (PL), o mais votado no estado, com 273.267 votos; Clarissa Tercio (PP), em segundo lugar em votos, com 240.511 votos; Francisco Eurico (PL); Fernando Coelho Filho (União Brasil) e Fernando Rodolfo (PL).

Rio Grande do Norte – Benes Leocádio (União Brasil) e Sargento Gonçalves (PL).

Rio Grande do Sul – Ubiratan Sanderson (PL), Márcio Biolchi (MDB), Carlos Gomes (Republicanos), Franciane Bayer (Republicanos) e Lucas Redecker (PSDB). 

Rio de Janeiro – Daniela do Waguinho (União Brasil), a mais votada no estado com 213.706 votos; Danielle Cunha (União Brasil), Otoni de Paula (MDB), Sóstenes Cavalcante (PL), Gutemberg Reis (MDB), Hélio Lopes (PL), Soraya Santos (PL), Carlos Jordy (PL), Marcelo Crivella (Republicanos), Marcos Soares (União Brasil), Aureo Ribeiro (Solidariedade), Roberto Monteiro (PL), Rosângela Gomes (Republicanos), Juninho do Pneu (União Brasil), Altineu Cortês (PL), Jorge Braz (Republicanos), Hugo Leal (PSD), Benedita da Silva (PT) e Henrique Vieira (PSOL).

Rondônia – Coronel Chrisóstomo (PL) e Cristiane Lopes (União Brasil).

Roraima – Jhonatan de Jesus (Republicanos), o mais votado no estado, com 19.881 votos; e Pastor Diniz (União Brasil).

Santa Catarina – Ismael dos Santos (PSD) e Ricardo Gudi (PSD).

São Paulo – Paulo Freire (PL), Carla Zambelli (PL), a segunda mais votada no estado, com 946.222 votos; Eduardo Bolsonaro (PL), Celso Russo-mano (Republicanos), Capitão Derrite (PL), Marcos Pereira (Republicanos), Marcos Feliciano (PL), Capitão Augusto (PL), Jefferson Campos (PL), Cezinha de Madureira (PSD), Vinicius Carvalho (Republicanos), Milton Vieira (Republicanos), Gilberto Nascimento (PSC), Mario Rosas (Republicanos), Marina Silva (Rede), David Soares (União Brasil) e Fausto Pinato (PP).

Sergipe – Rodrigo Valadares (União Brasil), Heleno Silva (Republicanos) e Pastor Antonio (PP).

Tocantins – Carlos Gaguim (União Brasil), Felipe Mantins (PL) e Eli Borges (PL).

Bancada Evangélica para a legislatura 2023-2026 no Senado

Novos – Jaime Bagatolli (PL-RO), Pastora Damares Alves (PL-DF), Magno Malta (PL-ES), Pastor Alan Rick (União Brasil-AC) e Laércio Oliveira (PP-SE).

Eleitos em 2018 e que permanecem – Zequinha Marinho (PL-PA), Luiz do Carmo (PSC-G O), Eliziane Gama (PPS-MA), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Carlos Viana (PL-MG), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO). O senador Arolde de Oliveira (PL-RJ) morreu em 2020.

Eventuais permanências – Marcos Rogério (PL-RO), que estava no segundo turno na disputa pelo governo do estado de Rondônia; e a Dra. Eudócia Caldas (PSB -AL), cuja permanência no Senado depende da vitória do senador Rodrigo Cunha (União Brasil-AL) no segundo turno da disputa pelo governo do estado de Alagoas.

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