Os sofrimentos e as vitórias de Cristo

Os sofrimentos e as vitórias de Cristo

O céu é o esplendoroso lugar de glória que somente é conquistado por quem confia em Cristo e se dispõe a renunciar a si mesmo para alcançá-lo. Aquele que deseja adentrar nos lugares celestiais deve desconsiderar a própria vida.

O apóstolo Paulo foi o grande incentivador de todos os cristãos espalhados pelo mundo afora e em todos os tempos a reconhecerem que o sofrimento experimentado pelos cristãos faz parte de sua caminhada de fé e adestramento. Observamos nas páginas do Novo Testamento que o “Apóstolo dos Gentios” estava sendo torturado por um “mensageiro de Satanás”; ele clamou a Deus para que o livrasse do flagelo, mas o Senhor o fez entender que o sofrimento do cristão faz parte do seu amadurecimento, fortalecimento e convicção (2 Coríntios 12.7-10; 1 Pedro 5.10). Enquanto anunciava a Palavra de Deus em Listra, um homem aleijado foi curado pela graça de Deus. Nesse mesmo episódio, o veterano missionário acabou sendo alvo de um ataque de judeus fanáticos, mas, tendo escapado da morte, ele e seus companheiros de viagem exortaram os novos convertidos a se manterem firmes na fé em Cristo Jesus. “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.22).

O próprio Emanuel - o Senhor Jesus Cristo, Deus conosco - deixou o Seu trono de glória e saiu corajosamente para vencer, enfrentar a guerra, dispondo-se a viver neste mundo tenebroso; mundo este mergulhado nas densas trevas e dominado pelo “deus deste século” (2 Coríntios 4.4). O Nazareno é mostrado pelo salmista enquanto exerce o Seu ministério salvífico entre os homens: “Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade. E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis” (Salmos 45.3,4).

O Salvador não se poupou, mas enfrentou a humilhação e a morte vicária. O apóstolo Paulo deixou registrada a humilhação do Cristo a fim de redimir a humanidade de seus pecados. “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.6-11). O Filho de Deus desceu a este mundo, se limitando a um corpo enfadonho como o dos demais seres humanos, mas imaculado pois “em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hebreus 4.15). Jesus Cristo sofreu na carne, sentiu as mesmas dores que nós, além das feridas no seu corpo em Sua crucificação. O Messias sentiu a dor interna da solidão, longe do Seu Pai, exatamente no momento crucial do Seu sofrimento (Mateus 27.46). Porque sobre Ele estava derramada a ira de Deus, por causa dos pecados e da iniquidade de toda a humanidade perdida e amaldiçoada (Isaías 63.1-6).

O profeta Isaías escreveu sobre o perfil de Jesus ante Sua missão e Seu sofrimento (Isaías 53). Ao longo de sua narrativa, o profeta messiânico descreveu várias características do Salvador da humanidade: Ele foi rejeitado pelo Seu povo; foi um trabalhador comum, por isso não era notado na sociedade; desconsiderava a Sua aparência, pois isso não importava, uma vez que a Sua missão era redimir a humanidade. Por este motivo, o profeta exaltou o Cordeiro, dizendo: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.4-8).

Jesus também sofreu as dores da falta de compreensão e ingratidão dos Seus amigos. “E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zacarias 13.6)

O Senhor foi rejeitado pelos Seus próprios irmãos de etnia, que não compreenderam o real sentido de Sua missão entre os homens. “Ele veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1.11). As pessoas ao Seu redor se tornaram adversárias da Sua bondade, amor e salvação, levando-o à cruz de ignomínia. Jesus sabia que enfrentaria esses sacrifícios e lutas, contudo Ele voltaria ao Seu lar vitorioso. O Filho de Deus subjugou o inimigo (Apocalipse 1.17,18). O Nazareno foi crido no mundo e recebido em cima, na glória do Pai (1 Timóteo 3.16). Ele é o Rei da Glória (Salmos 24.7-10)!

Por José Edson de Souza.

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