Relações diplomáticas de Israel avançam

Relações diplomáticas de Israel avançam

Acordos com Butão e Arábia Saudita em foco; membro do parlamento israelense afirma que país está perto de ter o Terceiro Templo

Na tentativa de expandir acordos internacionais, o governo de Israel estabeleceu no dia 12 de dezembro do ano passado [2020] relações diplomáticas com o Butão (nação de maioria budista vizinha à Índia). O acordo firmado entre ambos os governos não em relação aos outros acordos estimulados pelo governo norte-americano com países árabes e muçulmanos, apesar de as autoridades israelenses acreditem que seja uma evidência de sua crescente aceitação no exterior. O novo acordo foi saudado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu que acrescentou os contatos feitos com outras nações que desejam estabelecer relações.

“O círculo de reconhecimento de Israel está crescendo e se expandindo. O estabelecimento de relações entre nós e o Reino do Butão servirá como outro marco no aprofundamento dos laços de Israel na Ásia”, disse o ministro israelense das Relações Exteriores, Gabi Ashkenazi.

Em comunicado, Ashkenazi disse que o acordo foi possível depois de vários anos de contato secreto entre ambos os governos a fim de estabelecer relações. A orientação da política externa e de defesa da Índia influenciou o Butão, até a revisão de um tratado de amizade em 2007. O país do Himalaia mantém relações diplomáticas com cerca de 53 países.

O Ministério das Relações Exteriores do Butão informou que a assinatura entre os embaixadores dos dois países foi realizada em uma cerimônia na embaixada israelense em Nova Delhi, informou o Ministério das Relações Exteriores do Butão.

“O estabelecimento de relações diplomáticas vai criar novos caminhos para a cooperação entre os dois países em gestão da água, tecnologia, desenvolvimento de recursos humanos, ciências agrícolas e outras áreas de benefício mútuo”, disse o documento.

Remoção de hostilidade contra Israel nos livros didáticos na Arábia Saudita

O Reino da Arábia Saudita anunciou a sua iniciativa em revisar informações contrárias em Israel nos livros dedicados ao público infantil com o objetivo de revisar a narrativa visando as futuras gerações. Um relatório emitido pelo governo saudita revela que muito da hostilidade outrora mantida nas literaturas nacionais foi retirada do currículo de 2020, incluindo grande quantidade de material antissemita, anti-Israel e a maior parte do conteúdo ligado a Jihad.

Relações diplomáticas de Israel avançam

O instituto de pesquisa que analisa livros didáticos (IMPACT-se), anunciou um follow-up para seu relatório de janeiro de 2020, ao avaliar os novos livros didáticos 2020/2021. “Examinando a linha de tendência de nossos relatórios de 2002, 2008 e até 2019 do currículo saudita, fica claro que esses novos livros didáticos de 2020 representam um esforço institucional para modernizar o currículo do Reino,” disse Marcus Sheff, CEO da IMPACT-se.

“As autoridades sauditas começaram um processo de erradicação do ódio antijudaico, incluindo um notório Hadith que alimentou o anti-semitismo no mundo muçulmano”, acrescentou Sheff em um comunicado.

O CEO ofereceu como exemplo a remoção do Hadith (registro das palavras, ações ou aprovação silenciosa de Maomé), literatura que tem servido como provocação do sentimento antijudaico entre os muçulmanos. O seu conteúdo indicava a luta de muçulmanos e judeus entre si em um conflito e que os primeiros erradicariam todos os judeus. Por décadas esse comentário podia ser encontrado no currículo. Trechos que classificavam os judeus como “forças sionistas que controlam o mundo e usam meios nefastos para atingir seus fins, como dinheiro, mulheres e drogas”, referências à “Jihad no caminho de Alá é o clímax do Islã”, foram removidos. Quanto as atitudes em relação a Israel, o relatório afirma que as mesmas estão se tornando “mais equilibradas e tolerantes”. Por exemplo, o capítulo conhecido como “o perigo sionista” também foi removido.

Apesar das mudanças significativas contidas no relatório, todavia, ainda existe obstáculos a serem vencidos. Sheff denuncia a persistente hostilidade aos judeus na educação muçulmana, incluindo a comparação dos “malfeitores judeus” como macacos, considerando que Israel não aparece nos mapas por não estar totalmente legitimado. O relatório acrescentou que os muçulmanos ainda consideram o sionismo um “movimento político racista”.

“Outras melhorias precisam ser feitas. Mas a impressão predominante é de uma vontade de se envolver, de participar no diálogo sobre o conteúdo do currículo e, finalmente, avançar para a reforma dos livros didáticos”, disse Sheff.

Membro do Knesset diz que Israel está cada vez mais perto do Terceiro Templo

O parlamentar Amit Halevi, integrante do Likud (partido conservador de Israel) disse que a nação judaica está cada vez mais próxima da construção do Terceiro Templo. A declaração aconteceu durante os festejos de Chanucá (tradicional festa das luzes), no momento em que o político acendia as velas durante a liturgia da cerimônia, após receber autorização do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

“Estamos aqui determinados a acender a luz da cultura judaica e a luz da oração, estamos aqui na Casa de Adoração no Monte do Templo e oramos pelo contínuo sucesso de Israel”, disse Halevi durante um tour pelo local.

O site israelense Rotter divulgou um vídeo em hebraico no qual o parlamentar afirmou estar “impressionado com as mudanças que estão sendo feitas no Monte do Templo” e que, “cada vez mais, Israel está se aproximando do Terceiro Templo”.

Na ocasião o político incentivou seus conterrâneos a viverem “os costumes do Sinai” e citou a importância do predomínio divino em todos os aspectos da vida e não apenas na economia de Israel. Halevi demonstrou ânimo para entrar no Monte do Templo e ainda citou um versículo do livro do profeta Zacarias 4.10: “Quem despreza o dia das coisas pequenas?”

Por sua vez, a Palavra de Deus indica que um novo santuário será dedicado ao Senhor e que será conhecido por Terceiro Templo; diversos rabinos e judeus dedicam-se hoje a estarem devidamente prontos quando a construção estiver em seu devido lugar. Existem informações no livro do profeta Daniel 9.27 em que o santuário vai existir quando o anticristo revelar as suas intenções e interromper os sacrifícios. O Novo Testamento também faz menção do Homem do Pecado que se assentará no santuário e proclamar ser ele mesmo a divindade (2 Tessalonicenses 2.3-4).

Atualmente o Instituto do Templo está em atividade quanto a projetos visando a construção do edifício. “Hoje há uma entrada no Knesset (Parlamento de Israel), pois muitos parlamentares estão falando sobre os direitos de os judeus orarem no Monte do Templo. Alguns membros do Knesset estão realmente falando sobre a reconstrução do Templo Sagrado. Há 20 anos, essas pessoas ririam disso”, disse o Diretor Internacional do Instituto do Templo e rabino Chaim Richman.

Mas para que o santuário venha a existir em seu lugar original, o governo de Israel enfrenta alguns obstáculos, dentre os quais destaca-se a sua localização: o Monte do Templo. O lugar é considerado sagrado para os muçulmanos também e onde encontram-se a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, e que figuram como as mais antigas construções do mundo islâmico. Apesar de o controle da Cidade Velha de Jerusalém e a área do Monte do Templo tenha sido retomado na Guerra os Seis Dias, em 1967, contudo a Jordânia ainda mantém a do Monte sob os termos do tratado de paz. Os judeus israelenses têm permissão de entrar no complexo, mas não podem realizar liturgias ou orações no local sagrado.

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