Por que a nudez envergonhou o primeiro casal?

Porque Adão e Eva sentiram vergonha ao perceberem que estavam nus, após desobedecerem a determinação divina em não provar do fruto da Árvore da Ciência do Bem e do Mal, uma vez que formavam um casal?

A criação da humanidade foi um ato especial da parte de Deus: Ele nos fez à sua imagem e semelhança, concedeu autoridade sobre a criação (Gênesis 1.27,28) e preparou um ambiente acolhedor para o primeiro casal viver (Gênesis 2.8). O Senhor criou-nos para vivermos uma vida de retidão (Eclesiastes 7.29), plenitude (João 10.10) e em plena comunhão com o Criador. Os primeiros seres humanos foram coroados de glória e honra (Salmos 8.4,5). Ambos foram a coroa da criação de Deus.

Quando os nossos pais pecaram, romperam esse relacionamento. Eles cometeram uma afronta à santidade de Deus, um ato de rebelião contra o Soberano. Isso maculou a imagem de Deus em nós, quebrou a aliança (Oséias 6.7) e rompeu a comunhão com Deus (Isaías 59.1,2). A intimidade foi perdida e estar na presença de Deus, que era um prazer tão agradável, tornou-se algo indesejado.

Quando perceberam a presença de Deus no jardim, esconderam-se, envergonhados. Adão disse a Deus: “Escondi-me porque estava nu” (Gênesis 3.10). A nudez, entretanto, não era um problema antes do pecado, pois “estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam” (Gênesis 2.25). Quando desobedeceu a cometeram uma afronta à santidade de Deus, um ato de rebelião contra o Soberano. Isso maculou a imagem de Deus em nós, quebrou a aliança (Oséias 6.7) e rompeu a comunhão com Deus (Isaías 59.1,2). A intimidade foi perdida e estar na presença de Deus, que era um prazer tão agradável, tornou-se algo indesejado.

Quando perceberam a presença de Deus no jardim, esconderam-se, envergonhados. Adão disse a Deus: “Escondi-me porque estava nu” (Gênesis 3.10). A nudez, entretanto, não era um problema antes do pecado, pois “estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam” (Gênesis 2.25). Quando desobedeceu a Deus, Adão tentou se vestir com os próprios esforços, fazendo roupas de folhas (Gênesis 3.7), como quem quer cobrir o pecado com as próprias obras, mas estas obras são roupas imundas (Isaías 64.6).

O problema não estava no exterior, mas na consciência que acusava o delito que queriam esconder (Jó 31.33). A sensação de desespero, a boca seca e o estômago apertado de quem sabe que fez o que não devia e tenta omitir, temendo a vergonha da exposição, do confronto, de ter que admitir sua falha. É o que experimenta o menino que tenta ocultar da mãe a xícara quebrada ou o adolescente que procura disfarçar a nota vermelha no boletim, ou ainda o marido que apaga as mensagens do celular que denunciam sua traição.

Nesse texto, o verbo “envergonhar” também tem o sentido de macular e desonrar. Não é apenas algo que quero esconder dos outros, mas de mim mesmo. Eu desejo encobrir que falhei com quem me amou, porque isso expõe que não correspondi à expectativa de quem esperava mais de mim. E como foi difícil para Adão tentar esconder seu pecado daquele que tudo vê (Jó 28.24; Hebreus 4.13)!

Deus proveu roupas adequadas, que traziam dignidade ao casal pecador, mostrando que somente os recursos divinos resolvem o problema do pecado do homem. Jesus encontrou um endemoninhado em Gadara, que estava rasgado e despido no pecado; a multidão admirou-se de encontrá-lo liberto e vestido (Marcos 5.15). Para a igreja em Laodiceia, o Senhor recomendou que comprasse dele vestes para cobrir a sua nudez (Apocalipse 3.17,18).

Eu acredito que Deus não precisou matar um animal para fazer roupas de pele para os homens. E Ele pode fazer coisas do que quiser, inclusive do que não existe (Hebreus 11.3). Entendo que a mensagem aqui não é derramamento de sangue ou sacrifício, mas provisão e vestimenta. Como a alegria de quem o Senhor “vestiu de roupas de salvação” (Isaías 61.10) ou de quem foi despido do velho homem e vestido do novo (Colossenses 3.9.10).

Por, Márcio Klauber Maia.

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