Demônios sentem fadiga?

Demônios sentem fadiga?

Como entender o que Jesus ensinou em Lucas 11.24, que revela a busca dos demônios por repouso? Esses espíritos sentem cansaço como os humanos ou a palavra do Mestre foi só uma analogia?

Antes de adentrarmos propriamente na resposta da solicitada pergunta, mister se faz que primeiramente façamos uma definição teológica quanto à existência dos demônios, que no início do século passado voltou a ser enfatizada. Os filmes americanos e brasileiros que têm sido lançados sobre bruxos, feiticeiros e demônios não são poucos, gerando a cada dia grande curiosidade e desejo de muitos em conhecer sobre tal temática. A base certa para se estudar sobre o assunto envolvendo os demônios é a Santa Palavra de Deus. Ela apresenta informações seguras sobre os poderes desses seres maléficos e o faz sem buscar lucros comerciais.

Cada salvo em Cristo deve saber que a existência dos demônios é uma realidade, que esses seres não são mitos, nem se tratam de lendas, nem muito menos são mera criação fantasiosa de qualquer pastor, mas são reais e agentes do mal. O apóstolo Paulo é bem categórico em afirmar que o propósito de Satanás é cegar o entendimento das pessoas para que jamais cheguem ao real conhecimento da verdade, por isso que “o deus deste século cegou o entendimento” das pessoas (2 Co 4.4). E não somente isso. Ele usa também pessoas para ensinarem de modo errado com o propósito de que o sentido autêntico explicitado pelas Escrituras jamais alcance a humanidade.

No campo da demonologia, os que não conhecem tal assunto afirmam que eles se tratam de almas de pessoas desencarnadas, isto é, que morreram, mas que, quando viviam nesta vida, foram perversas e más. Pela Palavra de Deus, isso não é verdade, pois as pessoas que morreram sem Deus estão presas em um lugar de tormento de onde jamais poderão vir novamente a esta terra (Salmos 9.17; Lucas 16.23; Apocalipse 20.13).

Outros têm se apropriado de Gênesis 6.1-4 para afirmar que a origem dos demônios é resultado de relações sexuais de anjos com mulheres, e de imediato dizemos que tal posicionamento é totalmente errado. Também não se pode jamais dar credibilidade aos demônios afirmando que são seres procedentes de uma raça antes da existência de Adão, o que geraria conflito com Mateus 19.4, quando Jesus afirmou que Adão foi o primeiro homem a existir na face da terra. O ensino correto sobre os demônios vem da Bíblia, a qual informa que eles são os anjos que se juntaram na grande rebelião provocada por Satanás, quando houve sua queda. A partir desse instante, Satanás passa a ser o chefe desses demônios (Mateus 12.24). Esses anjos caídos passaram a ser descritos como espíritos imundos, os quais agora buscam atuar nas vidas humanas para tentar estragar o trabalho de Cristo feito em suas vidas (Mateus 17.18; Marcos 9.25; Lucas 10.17-20).

Assim, atentando para o texto de Lucas 11.24, hermeneuticamente falando, tal passagem é um tipo de alerta para aqueles que foram libertos do poder demoníaco. Essa assertiva dita por Cristo foi também direcionada para Israel. Pelo milagre que Cristo acabara de realizar, ele usou tal acontecimento como analogia, deixando claro que o bom trabalho espiritual feito na vida humana por meio do Espírito Santo, e não mera formalidade religiosa, levaria o homem a ser imagem de Cristo, mas que isso poderia ser estragado, visto que o vazio ocasionado pela expulsão do mal, caso não fosse preenchido com o que era perfeito, bom, espiritual, levaria essa pessoa a cair depois em um estado pior. Teologicamente, sabemos que os demônios são espíritos imundos, eles não sentem cansaço, de modo que a dita passagem é considerada um tipo de ilustração. A menção a lugares áridos, que os demônios buscam para ter repouso, tratava-se supostamente dos desertos, que eram vistos como sendo habitados por demônios (Isaías 13.19-20; Apocalipse 1.2).

Por, Osiel Gomes.

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