Curado de câncer após visão sobrenatural

Curado de câncer após visão sobrenatural

Médicos chegaram a fechar paciente em meio à cirurgia por considerar caso sem solução

Tomado por fortes dores na barriga quando tinha nove anos de idade, em 1985, Edvandro Barbosa de Santana, filho de uma família assembleiana em Campina Grande (PB), precisou ser internado urgentemente no Hospital Municipal Dr. Edgley Maciel. Ao chegar de viagem, seu pai, José Fidélis Bezerra de Santana, que era caminhoneiro, providenciou a realização de exames particulares para saber o que ocorria com o filho, uma vez que as dores do menino só aumentavam. Após os procedimentos, realizados no SAMIC (Serviços de Assistência Med Infantil Campinense), atestaram a existência de caroço no intestino do pequeno Vando (como é chamado Edvandro).

Por orientação médica, a família internou o menino no hospital da FAP (Fundação Assistencial da Paraíba) para ser submetido a uma cirurgia de retirada do caroço. Era o dia 24 de abril, data de sepultamento do ex-presidente da República do Brasil, Tancredo Neves, quando Vando foi internado. “Naquele dia, eu fui aberto para tirar o tumor que estava no meu intestino. Só que, ao meio dia, na hora da cirurgia, o médico chamou a família e disse: ‘Olha do jeito que está, é melhor não mexer, pois o caroço está enraizado no baço, nos rins e no fígado. Se mexer é pior”, conta Vando, de acordo com o narrado por seus pais.

Indagado pelo pai se não havia jeito mesmo, o médico respondeu: “Aqui, do jeito que está, não tem. E não adianta levar para São Paulo ou para onde for. Não tem médico na Terra que dê jeito; do jeito que está aqui, não tem”.

Com o parecer do profissional, a família, então, desistiu da tentativa de extrair aquele mal, autorizando que fechassem a barriga do menino sem fazer o procedimento.

Feita a biópsia no material colhido, se constatou a existência de um câncer maligno. Dali em diante, os dias que já estavam angustiantes, tanto para Vando como para sua família, se tornaram de mais intensa dor. Levado para o Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, o paciente iniciou uma jornada de internação que durou meses, fazendo todos os exames e procedimentos a fim de extirpar o mal, contudo sem perder a fé.

“Como eu fui criado na igreja, toda vida sabendo que Jesus Cristo salva, cura e batiza, eu sempre dizia: ‘Jesus vai me curar! Jesus vai me curar!’”, comenta Vando sobre sua confiança.

O sofrimento do paciente e da família foi acompanhado de perto pelos crentes, que apoiaram com suas orações, visitas e assistências no cuidado, além dos vizinhos e familiares. Certa feita, em uma das visitas feitas ao hospital pelo pastor José Apolônio da Silva (in memoriam), à época líder da Assembleia de Deus em Campina Grande (PB), Vando lhe disse: “Pastor Apolônio, quando Jesus me tirar daqui, quero fazer um culto em ação de graças lá na frente da minha casa”.

Com o passar dos meses, aguardando da parte do Senhor o milagre, a família já estava envergonhada de solicitar ajuda, pois entendia estar se tornando um peso para aqueles que a auxiliavam, entendendo que todos tinham  seus  compromissos  e  responsabilidades, não podendo dedicar tempo integral e recursos ao internado.

Chegou uma ocasião em que a mãe de Vando, Josilene Barbosa de Santana (in memoriam), tentou arrumar alguém para ficar com ele, mas sem sucesso. “Ela, então, me disse: ‘Vando, meu filho, tem como você fi ar só hoje? Eu tentei arrumar alguém para lhe acompanhar e não consegui. Tem como ficar?’ Eu disse: ‘Tem, mãe’”, conta o então paciente.

Curado de câncer após visão sobrenatural

A mãe de Vando foi para casa e ele ficou sozinho no hospital Alcides Carneiro. O local onde estava era uma enfermaria, por onde passavam pessoas em tratamento quimioterápico, o mesmo a que ele se submetia já havia algum tempo, mas os outros não demoravam muito, retornando para casa. Frequentemente, Vando ficava só naquela enfermaria, onde tinha seis ou sete leitos. No leito onde estava internado, conseguido por sua avó Sebastiana Bezerra (vovó Lalá), que trabalhava no hospital, o menino sofria diariamente, muitas vezes em solidão e sempre com fortes dores e mal cheiro da incisão cirúrgica não cicatrizada e inflamada (aquela feita para tirar o tumor, mas que não deu certo).

“Tem hora que Deus nos deixa sozinho em algum canto. Às vezes até para tratar com a gente. Foi o que Ele fez na minha vida. Aleluia!”, diz Vando, trazendo à memória algo que lhe aconteceu certa madrugada. Ele lembra que estava com tanta febre que seus lábios se encontravam estourados e sua mente confusa, em delírios. Os médicos já tinham chamado sua família e falado: “Olha, o que a gente tinha de fazer na vida dele a gente fez. Agora é só na mão de Deus. O que a gente tinha de fazer, já fizemos”.

Conta Vando: “Ao me levantar para ir ao banheiro, fui andando com muita dificuldade, colocando a mão no joelho. Quando eu voltei, subi naquela cama, que estava próxima à vidraça, na ala de quimioterapia. Eu subi dois batentes na escadinha ao pé da cama e pendurei o soro. Quando eu ia puxando na ponta do lençol para me cobrir, vi duas mãos passando naquela vidraça e repousando sobre a minha vida. Eu tive medo e me cobri, vendo aquela cena. Só que quando eu me cobri, aquelas duas mãos ficaram na minha barriga para lá e para cá. Assim, eu adormeci”, conta Vando.

No outro dia, quando ele acordou, sua mãe já estava ao lado do leito. Ao abrir os olhos, o menino disse: “Mãe, Jesus me curou!”. A mãe começou a chorar, pensando ser “a melhora da morte”.

Não convencida de que havia ocorrido o milagre, pensando ser apenas o desejo do menino ir para casa que o levou à conclusão de que Jesus lhe tinha curado, a mãe deu sequência ao tratamento do filho com as quimioterapias e exames, mas Vando insistia em dizer: “Jesus me curou! Jesus me curou!”.

A surpresa veio a todos, quando nos próximos exames se constatou que aquele caroço, que tinha o tamanho de uma beterraba, havia sumido! “Como, na maioria das vezes, a medicina não quer abrir mão e reconhecer a ocorrência de milagre, os médicos começaram a dizer que tem câncer que muda de lugar. Aí o meu pai foi lá e disse: ‘Doutor, como é que o câncer em meu filho pode ter mudado de lugar, se quando ele foi aberto não tinha como mexer, pois o caroço estava enraizado no baço, nos rins e no fígado?’. Eles ficaram sem resposta, mas eu sabia o que tinha acontecido: Jesus havia me curado!”, conta Vando, emocionado.

De alta, Vando passou a ir periodicamente ao hospital para realização de baterias de exames. Inicialmente, depois de 15 dias; depois, nos intervalos de um mês e de dois meses. No intervalo de três meses, já saturado de hospital, segurando firme na mão de sua mãe, Vando começou a chorar e a dizer: “Mãe, parece que a senhora não acredita que Jesus me curou, mas Jesus me curou, mãe. Eu não dependo mais, eu não preciso de hospital mais não”. Como sinal de que agora estava crendo, sua mãe lhe disse: “Meu filho, vamos para casa!”.

"Graças a Deus, o culto em ação de graças que eu havia falado ao pastor Apolônio que realizaria foi cumprido. Fizemos no bairro José Pinheiro, aqui em Campina Grande, onde morávamos”, recorda Vando.

Esses dias, lendo a Bíblia numa madrugada, ele estava admirado porque Deus tinha dado mais 15 anos de vida ao rei Ezequias. Em meio à leitura, disse: “Deus, que privilégio o camarada teve de receber mais 15 anos de vida!”. Depois disso, o Senhor lhe falou ao coração: “Vando, quanto tempo faz de tua experiência naquela mesa de cirurgia?”. Aí ele disse: “É Deus, faz um bocado de tempo”. “Aí fui movido pelo Senhor a ir ver a data. Levantei-me ali daquele sofá e fui pegar uma Bíblia velha que eu tinha; nela tinha a data da minha cirurgia: 24 de abril de 1985. Quando eu fiz as contas, já tinha 35 anos, seis meses e 16 dias. Só que a mensagem ficou martelando: ‘Quanto tempo mesmo?’. E eu repetia: ‘35 anos, seis meses e 16 dias’. Aí, voltei à história de Ezequias e Deus falando comigo, dizendo: ‘Quanto tempo faz que eu fiz o milagre em você, meu fi  lho?’ Quando eu repeti pela terceira vez, ‘35 anos, seis meses e 16 dias’, recebi uma carga assim, sabe, de cair em si, e dizer: ‘Meu Deus, como tu és maravilhoso! O Senhor deu 15 anos ao rei Ezequias e já me deu 35 anos, seis meses e 16 dias. Glória a Deus!’”.

Hoje, passados 37 anos, Edvandro Barbosa de Santana é casado com Cássia de Lourdes Silva Santana e tem três filhos, Gabriel, Gabrielly e Isabelly. Ele atua como evangelista na Assembleia de Deus em Campina Grande (PB), presidida pelo pastor Daniel Nunes da Silva, e lidera a Banda Chamas Pentecostais. “O Senhor investiu na minha saúde, na minha vida. Aleluia! Para a glória de Deus, criamos uma das bandas mais estruturadas da Paraíba, inclusive até mais que as do meio secular. Nós somos uma banda muito estruturada. Tudo, tudo, foi o Senhor que investiu em mim, me abençoou. Nós temos estúdios, temos ônibus e nesses dias inauguramos uma carreta de som, o Pranchão Pentecostal”, comenta Vando, cheio de júbilo.

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