O poder da cruz de Cristo

O poder da cruz de Cristo

É surpreendente as palavras de Paulo sobre o poder de Deus: “E disse-me: a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Elas invertem completamente o pensamento do mundo e desafiam seus padrões. Isso porque fazemos parte de uma sociedade que cultua o poder. A ideia de poder acompanha o nosso dia-a-dia. Por toda parte há uma luta intensa para adquiri-lo.

Paulo então tomou a decisão de gloriar-se tão somente da cruz em razão do poder que dela emana. Jesus disse a Nicodemos: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (João 3.14). Decorridos 40 anos de peregrinação no deserto, impostos por Deus como castigo a Israel devido à rebeldia em Cades, uma nova murmuração ocorreu. O povo tornou-se impaciente e falou contra Deus e Moisés, queixando-se da falta de água e chamando o pão de Deus de “vil”. Então o Senhor enviou serpentes ardentes, que ocasionaram muitas mortes em Israel. Entretanto, quando o povo se humilhou, confessou o pecado, pediu oração, Deus deu a solução, dizendo a Moisés: “Faze uma serpente de bronze, e põe-na sobre uma haste: e será que viverá todo o picado que olhar para ela” (Números 21.4-9). A reação natural dos homens é ajudar a si mesmos. Logo procurariam fazer algo para solver o problema: espremer, sugar ou queimar a ferida. Agora é-lhes exigido que desistam e olhem com fé para a serpente elevada.

A serpente de metal era um verdadeiro tipo de Cristo, que tomou os nossos pecados na cruz. O crente deve olhar com fé para cruz do onde Cristo morreu. Então ele não morrerá em consequência do pecado, mas viverá (Hebreus 12.2).

A serpente de metal era apenas uma figura representativa da misericórdia de Deus. Observe que Deus não exterminou as serpentes ardentes nem assegurou aos Israelitas que não mais seriam picados. Ele somente criou a possibilidade de eles poderem ser salvos e escapar da morte. Não havia nenhum poder terapêutico na serpente de metal. Em dias posteriores, quando o povo quis fazer dela um ídolo, prestando-lhe homenagem como se estivesse algum poder em si, o rei Ezequias queimou-a e chamaram-na “Neustã”, pedaço de bronze (2 Reis 18:4).

Foi a graça salvadora de Deus que curou os Israelitas quando creram em Sua palavra e obedeceram à Sua ordem. No Cristo que foi levantado há um poder terapêutico infinitamente maior que qualquer outra coisa experimentada pelos Israelitas. Há males interiores, na alma, no coração, que nos fazem sofrer ainda mais que dores físicas. Ódio, rancor, amargura, falta de perdão, sentimentos feridos, solidão, inveja, ciúmes... são coisas que nenhum meio físico de diagnóstico alcança, mas que corroem como gangrena nosso interior. Há muitas pessoas que sofrem um ou mais destes males, e vão levando uma vida triste e arruinada. Felizmente, o Senhor Jesus pode operar no nosso interior, ajudando-nos a lidar com essas coisas até nos vermos livres delas. Apenas Cristo pode lidar com os problemas interiores do homem e resolvê-los completamente (João 8.36). O profeta Isaias referindo-se a Ele, escreveu: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades (...) e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.45).

Satanás significa “adversário”, e vemos a razão disso nas obras por ele realizadas. É dele, e da maldade do nosso coração fomentado por ele, que procedem a destruição, a idolatria, o ocultismo, superstições, bruxarias, guerras, calamidades, fome, miséria, injustiça, opressão... ao tomar a forma humana, o Senhor tinha um propósito que ainda hoje se mantém e se cumpre na vida de todos os que foram arrancados do domínio de Satanás “destruir as obras do Diabo” (1 João 3.8).
A lista é grande, mas uma só palavra condensa todo o esforço satânico para destruir a vida do homem: pecado. É o pecado que dá à luz a maldade, a pornografia, os vícios, a exploração de menores, o adultério. As consequências são as enfermidades, as deficiências, o sofrimento, a dor. São numerosas as pessoas que vivem na miséria, sob a influência do inimigo. Jesus, no entanto, veio para colocar um ponto final em forma de cruz nas obras do adversário. O Senhor tomou sobre si todo o nosso pecado e toda doença e dor, toda a miséria física, emocional, mental e espiritual.

Por favor, entenda: aquilo que Jesus já levou nós não precisamos levar outra vez! Jesus tomou sobre si o nosso fardo. Não podemos permitir que o Diabo nos mantenha presos a tudo aquilo de que já fomos libertos. Na cruz de Cristo, somos aliviados de todo pecado, penalidade e maldição.
O Senhor entregou-se à morte; deixou-se morrer por amor a nós (Mateus 16.21; 17.22; 20.17-19). E, ao morrer por nós, nos deu a certeza de vida eterna com Ele. Nicodemos recebera de Jesus instrução sobre o plano eterno de Deus para os homens (João 3.15,16). Mas, quantos até agora receberam Aquele que Deus lhes deu como Salvador? Quantos creem na vida eterna como recompensa certa e segura? Quem recebe a Jesus pela fé, recebe o direito de ser filho de Deus e a vida eterna com Ele (João 3.36; Romanos 6.23).

Por, Sérgio de Moura Sodré.

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