Cinco países — a saber: os Estados Unidos, a Alemanha, a Itália, a Holanda e a República Tcheca — comunicaram-se com Israel manifestando sua decisão, contrária à proposta da ANP. Espera-se que o Brasil confirme 0 apoio aos árabes, já demonstrado pelo ex-presidente Lula, nos últimos atos de seu governo. Se o Brasil posicionar-se a favor da resolução, está formalizando o reconhecimento da partilha das terras destinadas a Israel em dois Estados, um judeu e um palestino.
Espantosamente, muitos cristãos ignoram os fatos relativos às deliberações sobre as terras antes pertencentes aos cananeus e doadas pelo Senhor aos descendentes de Israel. Outros, esquecidos que a aliança abrâmica é irrevogável, interpretam-na segundo a aliança mosaica, esta condicional (“Se atentamente ouvires... Se obedeceres...”). À preocupação com o envolvimento que possam ter alguns irmãos com o apoio formal ou informal a um curso de ideias que nada mais são do que o desejo do Iníquo de destruir o Povo da Herança leva-nos a retomar algumas informações importantes.
A palavra Palestina deriva do grego “philistia”, nome que significa terra dos filisteus. Os filisteus, povo não-semita, provavelmente vindo da região de Creta (a Caphror bíblica) e por isso conhecido como Povo(s) do Mar, tem suas origens buscadas entre os egípcios meridionais (com o nome de “prst”) dentre os quais foram repelidos. Seguindo do Egito para Creta, dali fixaram-se, no século XII a.C., na região de Gaza e formaram inimigos constantes das tribos de Israel. Foi devido a essa inimizade que s romanos, no século II d.C., atribuíram à parte sul da província romana da Síria o nome Syria Palaestina, tornando cada habitante judeu da província sob seu domínio um cidadão romano “palestino”. O que foi estabelecido para ofensa e humilhação, numa resposta às constantes revoltas judaicas, perdurou e consolidou-se a ponto de considerar-se, erradamente, a existência de um povo palestino, destarte os filisteus. À Palestina, ou Filastin passou por vários governantes, e estava sob o poder do Império Otomano quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Como os otomanos apoiaram a Alemanha durante o conflito, a Sociedade das Nações passou o controle daquele território ao Reino Unido, com o estatuto de território sob mandato. Daí falar-se do mandato britânico no Oriente Médio.
O mapa que ilustra este artigo esclarece as terras sob a coroa de Sua Majestade (de fato desde 1917; em vigor em 1922).
Sir Herbert Louis Samuel foi 0 primeiro alto comissário britânico na Palestina. O último foi Sir Alan Cunningham, que desempenhou seu cargo até o ano de 1948, com a independência do Estado de Israel. Vale ressaltar que a criação de um Estado árabe nas terras do mandato britânico ocorrera dois anos antes da formação do Estado judeu. Em 1946, deu-se a independência da Transjordânia, hoje Jordânia. Assim sendo, 0 ano de 48 encontra as antigas terras do mandato oficialmente divididas entre um Estado judeu e um Estado árabe. Infelizmente, essa parcela da História parece ser sempre relegada ao esquecimento. O comum é apresentar o território a oeste do Jordão como única dimensão geográfica disponível para a formação de dois Estados. Também é costume ignorar o esforço feito pela jovem nação judaica para absorver os seus filhos que estavam dispersos nas nações árabes vizinhas, enquanto o mesmo não ocorreu com os árabes que tentaram deslocar-se para fora do recém-criado Estado de Israel, criando-se assim a aviltante condição dos campos de refugiados.
A cidade de Nova Torque poderá contemplar a afirmação de uma injustiça histórica, isso para não falar das determinações bíblicas acerca de cada povo e seu espaço na Terra, conforme concedido pelo Altíssimo. Muitos estão próximos a pecar por concordância, que se constitui em ação, ou pela omissão, que não deixa de ser pecado. Oremos pelos EUA, para que as terras dos irmãos pioneiros não sejam a sede de uma afronta de tal magnitude. Oremos pelo Brasil, para que a cobiça dos governantes não nos arraste para as consequências daqueles que amaldiçoam a quem Deus abençoou. Oremos pelas nações árabes, para que haja paz sobre as tendas de Ismael como sobre as tendas de Isaque, seu irmão, cada um sujeitando-se humildemente ao papel que o Senhor de seu pai Abraão designou.
Por, Sara Alice Cavalcante.
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