Porque não cai sobre Nova Iorque tão grande ofensa

Porque não cai sobre Nova Iorque tão grande ofensa

Antes de sua realização em setembro (2011), na cidade de Nova Iorque, a última Assembleia Seral da ONU já era alvo dos comentários dos mais importantes jornais do mundo. Isso se deve ao anúncio, feito pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), de que apresentaria nesse encontro a proposta de criação de um Estado palestino segundo as fronteiras pré-1964, portanto, incluindo a Cisjordânia e Gaza, tendo Jerusalém Oriental como capital. Com essa iniciativa, a liderança palestina finda por optar por uma saída unilateral da crise com Israel e o consequente abandono das negociações de paz, passando a ONU a ser apenas um instrumento para fazer valer seu ponto de vista. Até o fechamento deste jornal, a reunião ainda não havia acontecido, mas o jornal israelense Haaretz calculava que 130 a 140 países dentre os 193 que compõem a Assembleia Geral da ONU estariam dispostos a votar a favor da proposta que, de certa forma, retoma dados da resolução 181, aprovada pela ONU em 1947 sobre a criação de um Estado, resolução essa rejeitada pelos árabes que, de imediato, lançaram-se em guerra contra o recém-criado Estado de Israel.

Cinco países — a saber: os Estados Unidos, a Alemanha, a Itália, a Holanda e a República Tcheca — comunicaram-se com Israel manifestando sua decisão, contrária à proposta da ANP. Espera-se que o Brasil confirme 0 apoio aos árabes, já demonstrado pelo ex-presidente Lula, nos últimos atos de seu governo. Se o Brasil posicionar-se a favor da resolução, está formalizando o reconhecimento da partilha das terras destinadas a Israel em dois Estados, um judeu e um palestino.

Espantosamente, muitos cristãos ignoram os fatos relativos às deliberações sobre as terras antes pertencentes aos cananeus e doadas pelo Senhor aos descendentes de Israel. Outros, esquecidos que a aliança abrâmica é irrevogável, interpretam-na segundo a aliança mosaica, esta condicional (“Se atentamente ouvires... Se obedeceres...”). À preocupação com o envolvimento que possam ter alguns irmãos com o apoio formal ou informal a um curso de ideias que nada mais são do que o desejo do Iníquo de destruir o Povo da Herança leva-nos a retomar algumas informações importantes.

A palavra Palestina deriva do grego “philistia”, nome que significa terra dos filisteus. Os filisteus, povo não-semita, provavelmente vindo da região de Creta (a Caphror bíblica) e por isso conhecido como Povo(s) do Mar, tem suas origens buscadas entre os egípcios meridionais (com o nome de “prst”) dentre os quais foram repelidos. Seguindo do Egito para Creta, dali fixaram-se, no século XII a.C., na região de Gaza e formaram inimigos constantes das tribos de Israel. Foi devido a essa inimizade que s romanos, no século II d.C., atribuíram à parte sul da província romana da Síria o nome Syria Palaestina, tornando cada habitante judeu da província sob seu domínio um cidadão romano “palestino”. O que foi estabelecido para ofensa e humilhação, numa resposta às constantes revoltas judaicas, perdurou e consolidou-se a ponto de considerar-se, erradamente, a existência de um povo palestino, destarte os filisteus. À Palestina, ou Filastin passou por vários governantes, e estava sob o poder do Império Otomano quando eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Como os otomanos apoiaram a Alemanha durante o conflito, a Sociedade das Nações passou o controle daquele território ao Reino Unido, com o estatuto de território sob mandato.  Daí falar-se do mandato britânico no Oriente Médio.

O mapa que ilustra este artigo esclarece as terras sob a coroa de Sua Majestade (de fato desde 1917; em vigor em 1922).

Sir Herbert Louis Samuel foi 0 primeiro alto comissário britânico na Palestina. O último foi Sir Alan Cunningham, que desempenhou seu cargo até o ano de 1948, com a independência do Estado de Israel. Vale ressaltar que a criação de um Estado árabe nas terras do mandato britânico ocorrera dois anos antes da formação do Estado judeu. Em 1946, deu-se a independência da Transjordânia, hoje Jordânia. Assim sendo, 0 ano de 48 encontra as antigas terras do mandato oficialmente divididas entre um Estado judeu e um Estado árabe. Infelizmente, essa parcela da História parece ser sempre relegada ao esquecimento. O comum é apresentar o território a oeste do Jordão como única dimensão geográfica disponível para a formação de dois Estados. Também é costume ignorar o esforço feito pela jovem nação judaica para absorver os seus filhos que estavam dispersos nas nações árabes vizinhas, enquanto o mesmo não ocorreu com os árabes que tentaram deslocar-se para fora do recém-criado Estado de Israel, criando-se assim a aviltante condição dos campos de refugiados.

A cidade de Nova Torque poderá contemplar a afirmação de uma injustiça histórica, isso para não falar das determinações bíblicas acerca de cada povo e seu espaço na Terra, conforme concedido pelo Altíssimo. Muitos estão próximos a pecar por concordância, que se constitui em ação, ou pela omissão, que não deixa de ser pecado. Oremos pelos EUA, para que as terras dos irmãos pioneiros não sejam a sede de uma afronta de tal magnitude. Oremos pelo Brasil, para que a cobiça dos governantes não nos arraste para as consequências daqueles que amaldiçoam a quem Deus abençoou. Oremos pelas nações árabes, para que haja paz sobre as tendas de Ismael como sobre as tendas de Isaque, seu irmão, cada um sujeitando-se humildemente ao papel que o Senhor de seu pai Abraão designou.

Por, Sara Alice Cavalcante.

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