Crise financeira, globalização e Israel

Crise financeira, globalização e Israel

Desde que assumiu a presidência do Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde vem afirmando que a economia mundial entrou em uma fase “perigosa”, requerendo medidas drásticas. Em seu primeiro grande pronunciamento, em 15 de setembro de 2011, em Washington, declarou: “Sem determinação coletiva, a confiança de que o mundo precisa não vai retornar” (grifo nosso). Assim, os termos “fórum econômico mundial”, “banco central mundial”, “cúpula mundial”, cada vez mais apontam para a necessidade de que a solução para a crise financeira atual deva passar por uma ação conjunta e uma administração centralizada. Isso ratifica a opinião de Kofi Annan de que o problema se resolva de forma global, e se acha em plena concordância com o presidente francês Nicolas Sarkozy: “Durante anos tentamos alcançar algo. A crise deve ser aproveitada como a oportunidade para que ela não se repita. Precisamos de uma economia de mercado humana que funcione. Isso só é possível com regras. Essas regras precisam ser definidas em âmbito global (...) precisamos de uma resposta global para uma crise global...”.

Christine Lagarde propôs o cumprimento breve dos “quatro erres” para solucionar os problemas da economia mundial. São eles: reequilibrar, reparar, reformar e reconstruir. Por “reequilibrar” entenda-se uma mudança global de países com déficit externo, procurando chegar a uma aproximação de taxas com países com superávit. Assim, as economias avançadas diminuiriam seus gastos e fariam mais poupanças, enquanto os mercados emergentes preencheriam o mercado ocupado pelas economias outrora mais fortes, visando a uma recuperação global. Ao que a diretora do FMI chamou de reequilíbrio, poderíamos chamar nivelamento. Não haveria outra opção para os países emergentes, pois a ameaça é clara: “Se as economias avançadas sucumbirem à recessão, os mercados emergentes não vão escapar”. O alerta cabe à economia brasileira, dependente e sensível a quaisquer movimentos oriundos da economia dos Estados Unidos, o que faz de nós, economicamente, um país com números positivos, mas em perigo iminente.

Para evitar o terror dessa expectativa — o que acontecerá com às economias emergentes diante da falência das antigas economias estáveis? — o FMI aposta num crescimento conjunto, embora lento, com a contenção da euforia dos países outrora pobres na recente festa de suas moedas nacionais. Basicamente, significa que a economia de um país não deva exceder significativamente as economias dos demais países do mundo. Apesar do dinamismo de grupos como o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), no mesmo ‘bolo’ estão as hipotecas das casas da classe média norte-americana, a aperto no crédito de países europeus, o desmascaramento da falsa prosperidade de muitos países... e o fantasma de uma nova e devastadora inflação.

A Bíblia fala de uma reunificação mundial e identifica seu líder como um homem a quem o dragão dará sua força, seu trono e seu poder absoluto (Apocalipse 13.2).

Apocalipse 17.12-13 afirma: “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem”. Esses dez reis, que não são ainda reis, mas que possuem autoridade como se já o fossem, podem ser referências a oligarquias mundiais que controlem, sem permitir opositor, dez importantes áreas diretamente ligadas à sobrevivência humana. Os artigos de comércio que estarão sob o domínio dessa mega-estrutura estão listados no livro de Apocalipse e somam 30 itens, incluindo corpos e almas dos homens (Apocalipse 18.12-16). Cumulado de riquezas, mas igualmente repleta de pecados e alvo de juízos da parte de Deus, o sistema que seduz os poderosos do mundo cairá de forma repentina (Apocalipse 18.19c), não sem antes ser responsabilizado pelo sangue de muitos santos e terrível perseguição a Israel, razão pela qual alegrar-se-ão contra ela os céus no dia de sua queda.

A Palavra de Deus, portanto, mais uma vez se cumpre ao revelar que os povos procurarão salvar suas riquezas através de um esforço conjunto que nada mais fará que facilitar o avanço de um líder satânico com poder para articular o somatório das transações financeiras mundiais. “Babilônia” será a sede de suas transações e a capital de seu domínio e — que cidade será semelhante a essa cidade — tanto em sua glória quanto em sua queda? Os “quatro erres” do esforço humano resultarão numa fumaça que será vista pelos marinheiros ao longe.

A derrota de tais iniciativas, que engrandeciam o homem e o distanciavam da dependência que precisam ter dAquele que é o provedor de todas as coisas será comemorada nos céus a partir de quatro “as, a saber, os quatro as” que iniciam os quatro “aleluias” proferidos na ocasião (Apocalipse 19.1 3,4 e 6). Seu brado reverberará ao infinito, proclamando que os juízos de Deus são justos e verdadeiros e de que somente a Ele pertence o Trono, os pilares do Trono, e o direito de reinar sobre toda a criação. Com isso concordam a voz de uma grande multidão, os vinte e quatro anciãos, os quatro seres viventes, todos nós seus servos, grandes e pequenos, num som que se assemelha às muitas águas e aos grandes trovões. As finanças do mundo, como tudo o que nele há, estão sob o controle do Senhor. Com isso alegrem-se os ricos e os pobres, humildemente dizendo também Aleluia!

Por, Sara Alice Cavalcante.

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