Refazendo as atitudes de Josafá rumo à vitória

Gostaria de convidá-los a refletir um pouco sobre o rei Josafá, cujo nome é de origem hebraica, significando “O Senhor tem julgado”. Ele é descrito como um rei que “fez o que era reto aos olhos do Senhor” (1 Reis 22.43; 2 Crônicas 20.32). Josafá emerge nos registros bíblicos como um homem empenhado em um propósito e em aliança com o Senhor.

A seguir, vejamos algumas atitudes que devemos refazer rumo à vitória, e que foram aplicadas por Josafá.

1) Atitudes corretas (2 Crônicas 17.3) — Josafá procedeu um abandono da idolatria. Havia uma preocupação em romper com essa prática abominável. Na Bíblia, se faz referência a Baal que possui um cognome Hadad ou Adad, que era uma divindade cananéia e suméria. Um deus da fertilidade. A forma feminina de Baal é Baalath, o masculino plural é Baalin, e Balaoth é o feminino plural.

2) Incentivo a consultar a Palavra de Deus (2 Crônicas 18.4) — Vivemos hoje em um período em que às pessoas, num geral, forçam um “misticismo” onde é mais prático buscar alguém que lhes diga o que fazer ou responda a seus anseios pessoais do que entrar pelo caminho da verdade, da santa e inerrante Palavra de Deus.

Cremos nos dons espirituais. Jesus ainda se manifesta em nosso meio de forma sobrenatural, mas isso não significa que devemos abandonar as Escrituras Sagradas e ficar sendo guiadas por pessoas que nem sempre são usadas por Deus, e que, muitas das vezes, apenas usam o nome de Deus.

3) Não aceitou mentiras (2 Crônicas 18.6) — Defendo a tese de que as pessoas não se enganam; elas se deixam enganar. O Espírito Santo atua em nossa vida como um “sensor” que nos orienta. Nós, por interesses próprios, ignoramos os sinais emitidos por esse Sensor, e depois ficamos decepcionados com os resultados.

4) Não aceitou ataques aos homens de Deus (2 Crônicas 18.,7) — O verdadeiro homem de Deus não tem compromisso com interesses, ambições, mas, sim, com a verdade. Há um ditado popular que diz que “A verdade dói”, porém é melhor sofrer com a verdade, se moldar pela verdade, se converter de verdade, do que viver uma vida se iludindo em mentiras, uma vida fantasiosa. O mesmo Deus que nos promete bênçãos materiais e espirituais requer também santificação, mudança de atitudes e de hábitos. Veja que a vida com Deus é uma via de “mão dupla”, e não de “mão única”.

5) Despertou o temor do Senhor (2 Crônicas 19.9) — O sábio Salomão descreve que “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios 1.7). Ainda lemos em Atos 2.43: “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.” Aprendemos, então, que se queremos ser sábios, se queremos ver as portas do sobrenatural abertas sobre nós, precisamos despertar o temor a Deus.

6) Josafá orou e jejuou (2 Crônicas 20.3) — Essa prática foi utilizada no Antigo Testamento por vários homens e mulheres de Deus, e o próprio Jesus a recomendou no Novo Testamento, porém, infelizmente, ela tem se tornado rara em nosso meio.

7) Colocou os olhos em Deus (2 Crônicas 20.120) — Se fixarmos os olhos nas dificuldades, não sairemos do lugar. Há momentos em que, para ver melhor, precisamos “fechar os olhos”. Quando olhamos com os olhos naturais, vemos as dificuldades. Quando fechamos os nossos olhos naturais e oramos, a nossa visão espiritual se abre. Veja o acontecido em 2 Reis 6.16.

8) O Espírito do Senhor visitava a congregação (2 Crônicas 20.14) — Os resultados das atitudes de Josafá começaram a se manifestar. Na escalada da fé, da unção, do poder, não há atalhos. É degrau por degrau. Há um caminho a se seguir. Enquanto as reformas estruturais não forem feitas, não há como haver uma manifestação divina genuína em nosso meio.

Veja que foi necessário tomar as atitudes corretas, se voltar a Palavra de Deus, não dar ouvidos à mentira, não aceitar que atacassem os homens de Deus, despertar o temor a Deus, orar, jejuar e fixar os olhos em Deus para que depois dessa passagem gradativa de nível espiritual Deus então começasse a se manifestar no meio do seu povo.

Ainda aprendo ao ler no texto bíblico que isso só foi possível, pois eles estavam “sensíveis” ao Espírito de Deus. Quando estamos sensíveis, entendemos, sentimos quando Deus fala conosco. A insensibilidade tem alcançado o coração de muitos.

9) Não lutou a luta que não lhe pertencia (obedeceu) (2 Crônicas 20.15) — Devemos entender que devemos “entregar os nossos caminhos ao Senhor e confiar nele” (Salmos 37.5). Muitos entregam e não confiam. Querem que Deus venha a agir segundo pensamentos, planejamentos e vontades próprias. Devemos entender que o nosso Deus é soberano em tudo.

Ficamos felizes quando lemos nessa referencia bíblica que “essa peleja não é vossa, mas é de Deus”, mas se analisarmos bem, não devemos lutar as pelejas que não nos pertencem.

10) Louvar a Deus antes da vitória (2 Crônicas 20.22) — Nós já somos possuidores da maior vitória que qualquer um poderia desejar, que é a nossa Salvação. Somos chamados de Filhos de Deus, possuímos comunhão com o Espírito Santo e muitas das vezes ouvimos pessoas dizerem que não tem motivos para louvar a Deus.

Além de tudo isso, “o Evangelho que a Igreja prega é uma convocação para uma batalha cuja vitória final já está ganha”. Sendo assim, somos sempre vitoriosos mesmo que estejamos em fortes batalhas, mas precisamos crer que a vitória é certa, e aprender a louvar a Deus em todos os momentos.

Desejamos, assim, demonstrar que, rumo à vitória, não há atalhos. Há um caminho a trilhar que não é fácil. É o caminho da obediência, da fé, da perseverança, do temor, da oração. Se refizermos as atitudes de Josafá, aprendermos com as lições aqui expostas, estaremos no rumo certo – rumo a vitória, em nome de Jesus!

Por, Célio Cesar de Aguiar Lima.

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