Ela foi desenganada pelos médicos, mas sobreviveu

Cristã sobrevive após grave acidente e, apesar de poucas expectativas de maternidade, é hoje mãe de dois filhos

Após o casamento, em 1992, a irmã Kátia Simone da Silva Moraes, membro da Assembleia de Deus em Barracão, São Gonçalo (RJ), liderada pelo pastor Mário Coutinho, descobriu que era portadora de ovários micropolicísticos, patologia em que o útero está cheio de pequenos cistos que podem causar atraso na menstruação entre dois meses ou até indefinidamente, e geralmente existe uma resposta gestacional muito custosa da paciente. Nesses casos, normalmente são indicados “reguladores hormonais” para reverter o quadro, como o próprio anticoncepcional. À paciente também pode exibir transformações em sua aparência, como o aparecimento de barba e pelos nas costas.

Porém, apesar do risco de jamais gerar uma criança, e contrariando os prognósticos da medicina, em janeiro de 1995, Kátia começou a sentir sintomas que indicavam uma gestação. Mais tarde, sua médica solicitou exames de sangue para conhecer o quadro clínico da paciente. “Disseram-me que a concepção seria muito difícil”, conta. Naturalmente, o clima justificava a euforia de Kátia e de seu marido, o evangelista Moisés das Neves Moraes, mas algo inesperado colocaria em perigo a vida de Kátia, que seria alvo de mais um dentre vários milagres realizados por Deus.

Antes de fazer o exame para comprovar ou não a gravidez, em 11 de janeiro de 1995, Kátia sofreu grave acidente. Ela caiu sentada em cima de uma mesa de vidro localizada no centro da loja de artigos matrimoniais no Shopping Sagres, em Alcântara (RJ), onde trabalhava. Os estilhaços de vidro penetraram na carne de seu braço esquerdo. Imediatamente, o sangue jorrou da ferida e a movimentação atraiu a atenção das pessoas, que logo acorreram ao local para prestar assistência. Em seguida, ela foi encaminhada ao Pronto Socorro de Alcântara, onde os médicos descobriram que a paciente havia decepado a artéria braquial e corria sério risco de vida. “Após algum tempo, fui transferida para outra unidade hospitalar, porque não havia cirurgião. O drama continuou quando cheguei ao Hospital de Clínicas de São Gonçalo, porque também não havia ali um cirurgião vascular para costurar minha artéria e, com o passar do tempo, ia perdendo as minhas forças”, lembra Kátia.

Finalmente, ela baixou no Hospital Universitário Antonio Pedro, em Niterói (RJ), às 17h10. Quando chegou, uma equipe já estava à sua espera. Ali, o médico constatou a gravidade da região afetada. “Disseram que somente um milagre poderia salvar a minha vida, que havia se passado muitas horas e a artéria estava totalmente separada, fazendo com que a minha morte fosse iminente; e mesmo na cirurgia, porque houve uma rejeição de uma ponta da artéria com a outra. Um novo diagnóstico seria liberado após 72 horas”, narra Kátia.

Embora os médicos estivessem prontos para declarar o seu óbito a qualquer momento, Kátia conseguiu erguer a sua oração a Deus em sua agonia, dizendo: “Senhor, a minha vida está nas tuas mãos, pois Tu és o Santo dos santos, aleluia”. Em seguida, ela foi conduzida para a sala de cirurgia. Após o procedimento, menos de 24 horas depois, Kátia desperta do sono cantando um belo hino de louvor a Deus. À inesperada reação da paciente provocou um verdadeiro tumulto entre os médicos que a acompanhavam.

Os dias se passaram e o braço começou a inchar e a apresentar uma coloração roxa. Os médicos apresentaram um diagnóstico nada auspicioso: Kátia deveria ser submetida a uma nova cirurgia, mas, desta vez, todo o braço seria amputado.

“Naquela situação tão difícil, eu estava internada em um hospital sem conseguir levantar do leito porque não tinha forças, sendo medicada com remédios fortíssimos, inclusive com coquetel de morfina na veia a cada seis horas, pois a dor era insuportável. Meu organismo ainda podia ser vítima de infecção. Enquanto isso, meu marido orou ao Senhor e assinou a minha transferência para o hospital Doutor Balbino, no bairro de Olaria, no Rio de Janeiro”, relata Kátia.

Enquanto a mulher lutava pela vida, o marido solicitou ao pastor Mário Coutinho, na época líder da Assembleia de Deus em São Gonçalo (RJ) para convocar a congregação para que todos juntos clamassem por misericórdia ao Senhor a fim de restaurar a saúde de Kátia.

Apesar da situação, o médico não quis amputar o braço de Kátia. Depois que aplicaram a segunda anestesia geral, o cirurgião abriu o lado exterior e interior do membro danificado, permanecendo dessa maneira por três dias. “Realizei esse procedimento. como um teste, mesmo arriscando a sua vida; eu não pude amputar o seu braço!”, argumentou o médico.

Quando obteve alta dos médicos, ela foi verificar o resultado do exame de sangue e descobriu que estava grávida. Atualmente Kátia Simone, está em plena atividade na Assembleia de Deus em Corumbá (MS), sob a liderança do pastor João Martins. O seu filho toca trompete na Orquestra Alfa e canta no grupo de adolescente Shekinah. Ele se chama Moisés Moraes das Neves Junior e tem 15 anos.

“A nossa irmã Kátia é um milagre e posso afirmar isto não somente pelo ocorrido, mas porque ela enfrentou lutas por toda a sua vida e este episódio em sua vida foi algo extraordinário”, disse o pastor Mário Alves Coutinho, presidente de honra da Assembleia de Deus em Jardim de Deus (antigo Barracão), em São Gonçalo (RJ).

Se este artigo foi útil para você compartilhe com seus amigos.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem