O poder sobrenatural da oração

O poder sobrenatural da oração

"A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.16). Essa afirmativa bíblica coloca o crente em uma posição muito especial, pois que há, à sua disposição, um recurso espiritual sobrenatural para enfrentar qualquer situação, por mais difícil que seja.

Tiago fala sobre o poder que há na súplica, e deixa claro que a oração que realmente funciona é aquela feita por um justo, da qual o Senhor tem prazer. É interessante observar que a justificação por meio do sacrifício de Cristo Jesus é a base de todo o relacionamento do crente com Deus. É essa dádiva divina que garante ao crente profunda comunhão com o Seu Senhor e lhe permite desfrutar dos benefícios maravilhosos do contato diário com Deus. É interessante salientar o fato de que o inimigo do crente não suporta ouvir que um pecador seja justificado por Deus. Isso ocorre porque Satanás preferiria que todos os homens estivessem sob o seu domínio. O fato de que “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” é algo  assombroso para Satanás.

O recurso sobrenatural da oração pode oferecer aquilo que pelos meios naturais não é possível alcançar. Isso faz com que a Igreja viva sempre na expectativa de grandes e constantes vitórias.

Através da oração, o justo tem uma capacidade espiritual maior do que possa imaginar. Ela é capaz de intervir em todos os assuntos, seja de ordem física, material, ou especialmente nas questões espirituais. Por isso, na qualidade de crentes em Jesus, precisamos cada vez mais nos utilizar desse  dispositivo que pode produzir efeitos grandiosos.

“Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tiago 5.17,18).

É salutar quando alguém sabe utilizar bem os recursos que são colocados à sua disposição. Por falta de conhecimento, muitos desperdiçam os recursos que lhes são outorgados e outros os usam inadequadamente, o que produz grandes desequilíbrios e até tragédias.

Elias, em que pese o fato de ser homem sujeito às paixões, como qualquer outro, sabia lidar muito bem com aquilo que Deus havia colocado à sua disposição. Ele não se deixava levar por qualquer sentimento de vaidade, achando-se melhor do que os outros. Ao contrário, o espírito de humildade e de total dependência de Deus o levou a apelar para o sobrenatural, utilizando-se do extraordinário recurso da oração e, assim, interferiu no curso da natureza.

É da maior importância que seja verificado o contexto histórico e espiritual dos dias de Elias, para se descobrir o que levou o profeta a fazer aquela oração e, consequentemente, ter a resposta divina. Isso se faz necessário para não se pensar que o mesmo poderá acontecer a qualquer momento, somente porque alguém alega ser possuidor da mesma fé de Elias. Aliás, o que se vê muito hoje são as contradições por parte de muitos que procuram fazer com que o sobrenatural se manifeste sem que estejam autorizados por Deus para qualquer missão especial.

Precisamos aprender esta lição básica quanto à vida espiritual: o Senhor não faz nada ao acaso, pois Ele é Deus de propósitos. Não adianta querer que as coisas no mundo espiritual aconteçam de qualquer forma. Primeiramente, é preciso perguntar: Qual é o verdadeiro propósito? Muitas pessoas inescrupulosas pensam que podem usar e abusar do poder de Deus, visando, às vezes, popularidade, outras vezes procurando promoções ministeriais. Existem ainda aqueles que tudo o que almejam é tirar dividendos financeiros. O poder que sempre esteve a dispor de Elias continua ao alcance de tantos quantos desejam usufruí-lo através da oração. Basta que o seu principal propósito seja a glória de Deus.

Quando lemos textos como o de Atos 12.5-12, que fala sobre a libertação milagrosa de Pedro, ficamos impressionados tanto com o poder da oração quanto com o seu alcance. À Igreja sabia que humanamente nada poderia fazer para mudar aquela triste situação. Então, recorreu ao recurso espiritual, sobrenatural, que é a oração, e passou a clamar pela libertação de Pedro. Essa atitude nos faz entender que sempre há uma saída. O que falta para muitos é uma nítida compreensão das coisas espirituais, Tal ignorância tem levado muitos crentes à agirem como se não restasse mais nenhuma esperança.

À Igreja, que fazia contínua oração a Deus em favor de Pedro, tinha plena consciência da gravidade do problema, mas dispunha de um grande grau de conhecimento quanto ao poder eficaz da oração, o que a motivou, sobremaneira, a orar fervorosamente pela libertação do apóstolo.

Qualquer crente que dispõe do verdadeiro conhecimento espiritual a respeito da oração, pondo-o em prática, é capaz de abrir as mais diversas formas de prisões. Esse maravilhoso recurso que opera silenciosa e secretamente leva o cristão a alcançar os objetivos propostos e experimentar o sucesso de uma vida espiritual vitoriosa.

Os tempos em que vivemos são muito difíceis e escondem verdadeiras armadilhas, onde facilmente as pessoas são aprisionadas. Essas prisões, na sua grande maioria, são espirituais. Elas aprisionam o espírito, a alma e o corpo de suas vítimas, tornando-as impotentes. O mais preocupante é que aqueles que são lançados em tais prisões nada podem fazer para mudar a situação em que se encontram.

É nesse dilema que aparece a importância do papel exercido pela Igreja de Jesus, no tocante à oração. Quando ninguém mais pode fazer qualquer coisa, a intercessão poderosa da Igreja chega à presença do Senhor para mudar o quadro caótico. É nessa hora que o Todo-Poderoso entra com providências, abrindo as prisões e pondo em completa liberdade aqueles que se achavam aprisionados.

A Bíblia relara muitas ocasiões em que Deus entrou com providências sobrenaturais, libertando os cativos através da oração de seus filhos. Isso deve nos despertar a continuarmos orando nesse sentido, pois Deus não mudou. Ele quer continuar agindo com poder e grande glória, em favor daqueles que necessitam de libertação: “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos”, Isaías 61.1.

Escreve Paulo: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho”, Efésios 6.18,19. Todo pregador que, além de viver uma vida de oração, pode contar com um grupo de intercessores em seu favor, tem tudo para alcançar grande êxito em seu ministério de pregação, pois a oração lhe dá um grande suporte espiritual. No entendimento de Paulo, a oração é capaz de fazer fluir na boca do pregador a palavra que ele deve pregar.

O melhor grupo de oração ou intercessão com o qual o pregador pode e deve contar é a sua própria família, com quem ele convive e de quem é muito bem conhecido. Infelizmente, muitos pregadores preferem sair por aí pedindo oração a um e a outro, pois não têm moral suficiente para fazer tal pedido à sua própria família, em decorrência de seu testemunho familiar ser reprovado pelos da sua própria casa.

Quando um pregador é achado na condição de obreiro aprovado, e não tem do que se envergonhar, pode contar com as orações de todos os que o cercam. Esse mensageiro recebe reforço extraordinário, pois seus cooperadores contribuem decisivamente para o êxito de seu ministério.

A oração intercessória é para o pregador o que as asas são para um pássaro que voa com toda segurança, mesmo que ameaçado pelos vendavais. Se suas asas forem quebradas, ou apenas uma delas, seguramente ele não poderá mais voar, a menos que seja restaurado. Às asas da oração em favor de um pregador não podem, de forma alguma, serem quebradas. Quando o apóstolo Paulo faz veemente apelo para que orem por ele, a fim de que lhe seja dada a palavra da pregação, está declarando o quanto cada pregador depende dessa valiosíssima ajuda para poder continuar sua carreira. É de substancial valor a intercessão para o desempenho do ministério da pregação.

Além da família, o pregador do Evangelho pode e deve contar também com as orações de toda a Igreja, o que lhe proporcionará condições espirituais cada vez maiores no exercício do seu ministério. O que é lamentável é que muitos autodenominados “pregadores” não têm uma igreja ou congregação onde possam cultuar a Deus, como ponto de referência. Além disso, tais mensageiros não se deixam pastorear por ninguém e levam uma vida nômade que os impede de ter um grupo de oração à sua retaguarda. Não seria essa a principal razão da queda e do fracasso de um grande número de pregadores?

Por, Luiz Gonzaga.

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