Essas foram as palavras do assassino Wellington Menezes ao assustado menino assembleiano Mateus Moraes, 13 anos, poupado da morte
Eram 8 horas da manhã do dia 7 de abril, uma manhã ensolarada de outono e mais um dia no qual o estudante Mateus Moraes Coelho, nascido em 8 de junho de 1997, exercitaria os músculos na aula de Educação Física, e mais tarde deveria marcar presença na aula de Português. Este seria um dia tranquilo na vida do aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, e de outros estudantes da instituição, não fosse a presença de um ex-aluno que não encontrou dificuldades em penetrar nas instalações da escola que neste ano completa 40 anos de existência. Wellington Menezes de Oliveira, um jovem de 23 anos e que frequentou os mesmos corredores que hoje servem como acesso para adolescentes na faixa etária de 12 a 14 anos, argumentou que desejava ministrar uma palestra, em seguida foi identificado por uma de suas antigas professoras e dialogou com ela, depois o rapaz colocou em prática seu plano macabro e deflagrou um implacável ataque contra os estudantes dessa escola no bairro de Realengo, subúrbio da zona oeste do Rio de Janeiro. Essa barbárie não encontra precedentes na história criminalística do Brasil.
Enquanto prestava atenção à aula de Português, Mateus e seus colegas ficaram assustados com os estampidos provenientes de fora da sala de aula. “Nós ficamos assustados e os alunos ficaram aglomerados na porta, outros preferiram ficar agachados debaixo do quadro negro. À professora procurou saber o que estava acontecendo, mas, como os alunos a pressionaram para “obter informações, ela desceu as escadas e não conseguiu voltar mais”, revela Mateus, filho do sr. Edson de Pádua Coelho e da irmã Maria de Fátima Moraes Coelho, que congrega na Assembleia de Deus de Realengo, Ministério Mananciais.
Quando Wellington tirou a vida de alunos da sala vizinha a de Mateus, ele entrou na classe do menino e friamente observou as suas vítimas próximas ao quadro negro. O pânico foi instalado. Aterrorizadas e implorando para não serem mortas, as vítimas tiveram o seu apelo negado pelo maníaco que, de arma em punho, mirou na cabeça dos estudantes e deu prosseguimento à tragédia na escola. Temendo pela vida e ao observar o banho de sangue promovido pelo psicopata, Mateus se dirigiu para o Único que poderia evitar a sua morte, e no calor do momento o adolescente clamou ao Senhor. “Eu orava a Deus e também fui o único naquela sala a dialogar com o atirador, implorando pela minha vida. Apesar de meu nervosismo, ele aparentava calma e disse para eu ficar tranquilo pois eu não morreria. Na verdade, enquanto o criminoso recarregava a sua arma, eu começava a orar”, lembra Mateus.
Wellington dirigiu a sua ira principalmente às meninas e seu alvo era atingir a cabeça e o tórax de suas vítimas. Ele assassinou 10 meninas e dois meninos deixando outros 12 adolescentes gravemente feridos. “Eu percebi que ele me encarava como se eu fosse uma “sombra, o estranho é que ele abanava a mão para que eu saísse de sua frente para atingir os alunos atrás de mim. O atirador queria que eu fosse para o lado da sala para não ser ferido”. Como sobrevivente, Mateus agradece a Deus por essa chance que o Senhor lhe deu de vida e lamenta a morte de seus colegas enquanto se recupera do trauma de ter contemplado a morte bem de perto.
O menino pretende dar curso à sua vida e almeja permanecer na mesma escola, mas não descarta a hipótese de mudar de instituição. Para o futuro, ele pretende se matricular em uma escola de Artes Cênicas. O menino Mateus reconhece a importância do que aprendeu sobre a Palavra de Deus como algo que o ajudou naquele momento difícil. Aliás, a Bíblia diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”, Provérbios 22.6. Mateus não tem dúvida de que foi a fé em Deus, que aprendeu ainda muito cedo com sua mãe, membro da Assembleia de Deus Mananciais, em Realengo, que o salvou da morte naquele instante. “Hoje, mais do que nunca, estou firme em Jesus”, afirma Mateus.
Se este artigo foi útil para você compartilhe com seus amigos.
Postar um comentário
Seu comentário é muito importante