"Eutanásia mina a santidade da vida"

A polêmica legalização da eutanásia no Reino Unido tem suscitado acalorados debates entre quem a defende e aqueles que reconhecem ser um crime. Dentre esses últimos, está o ex-primeiro-ministro Gordon Brown (foto), que, às vésperas do país continuar as discussões na Câmara dos Lordes, disse que aprovar suicídio assistido "minaria a santidade da vida". Brown manifestou a sua opinião em um artigo no jornal "The Times", no qual afirmou que a legalização do procedimento colocaria em risco os vulneráveis, além de prejudicar a confiança entre o médico e paciente.

"Se a morte se tornar não apenas uma opção, mas algo próximo a um direito por meio de processos burocráticos que uma lei do Parlamento impõe, estaríamos, em minha opinião, alterando fundamentalmente a maneira como pensamos sobre a mortalidade", alertou Gordon.

O Projeto de Lei da Morte Assistida foi apresentado pela baronesa Molly Christine Meacher e foi discutido pela segunda vez na Câmara dos Lordes no dia 22 de outubro do ano passado. O objetivo é permitir suicídio assistido voltado para adultos portadores de doenças terminais com menos de 6 meses de vida, sobre orientação de dois médicos e um juiz do Tribunal Superior. Os líderes religiosos do Reino Unido também manifestam indignação contra o projeto e em uma carta conjunta pediram a valorização da vida como dom de Deus e não a valorização da morte.

Com a aprovação do projeto da Câmara dos Lordes, a Conferência Episcopal da Inglaterra e País de Gales (CBCW) publicou uma nova nota, assinada por D. Jhon Sherrington, responsável pelo Departamento para as Questões da Vida, que valorizou os esforços de todos os que se opõem a legislação proposta.

Se este artigo foi útil para você compartilhe com seus amigos.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem