Porém, avanço cristão na África ainda sofre com perseguição islâmica e com influência animista: 25% dos cristãos africanos ainda seguem crendices
A partir deste mês (06/2010), as atenções de boa parte do mundo se voltam para o continente africano, onde será realizada mais uma edição da Copa do Mundo de Futebol, segundo evento esportivo mais assistido no mundo, só perdendo para as Olimpíadas. Devido à Copa, matérias e mais matérias estão sendo feitas sobre a África em jornais, revista, tevê e internet. Entretanto, fora desse período, pouco ou quase nada se fala do continente africano na mídia ocidental. Porém, ali ocorre uma das mais intensas perseguições a cristãos no mundo, imposta predominantemente por muçulmanos. E é ali também uma das regiões do mundo onde mais o cristianismo tem avançado nos últimos anos.
Quatro grupos crescem vertiginosamente no continente africano
nos últimos anos: os pentecostais, os católicos romanos, os anglicanos e os
muçulmanos. O continente africano experimenta uma verdadeira explosão de
crescimento cristão, capitaneada especialmente pelo pentecostalismo, Em
particular, a Nigéria, que também experimenta um avanço do islamismo e da
perseguição islâmica a cristãos, está experimentando o mais rápido crescimento
do cristianismo na África, com as igrejas pentecostais desempenhando um papel
de carro-chefe desse desenvolvimento.
A Nigéria é considerada o terceiro maior país pentecostal do
mundo, com cerca de á milhões de pentecostais. O primeiro é o Brasil, com 24
milhões, e o segundo é os Estados Unidos, com mais de 6 milhões, de acordo com
os principais institutos de pesquisa religiosa do mundo, como o Pew Forum
Research.
Infelizmente, modismos pentecostais já chegaram a África,
afetando negativamente a prática litúrgica e teológica de muitas igrejas. A
famigerada Teologia da Prosperidade já faz um relativo sucesso em países como a
Nigéria. Porém, é grande o grupo de pentecostais sérios fazendo a obra do
Senhor ali e em outros países do continente.
Ao todo, há cerca de 400 milhões de cristãos na África, sendo
107 milhões de pentecostais. Ou seja, os pentecostais já representam hoje 12%
de toda a população da África, segundo o World Christian Database. Entre os
católicos, 40 milhões são carismáticos, o que representa cerca de 5% da
população do continente. À soma de pentecostais e carismáticos era, mês décadas
atrás, inferior a 5% da população africana. Hoje, porém, os dois juntos
representam 17% da população africana.
Pesquisa revela perfil religioso
Recentemente, o Pew Forum Rescarch Center on Religion & Public
Life divulgou uma pesquisa sobre o perfil religioso dos cristãos na África, que
revela dois grandes problemas enfrentados pelos cristãos naquele continente: à
intensa perseguição islâmica e a influência da cultura animista sobre boa parte
dos cristãos africanos.
Cerca de um quarto (25%) dos que se dizem cristãos na África
subsaariana ainda acredita que sacrifícios aos espíritos de ancestrais podem
protegê-los de abril. Entre os africanos evangélicos a influência do animismo é
menor.
Segundo a pesquisa do Pew Forum, não apenas um quarto dos
africanos que se dizem cristãos, mas também cerca de um quarto dos muçulmanos
africanos afirma que acreditam no poder protetor de encantos ou amuletos.
Na Tanzânia, onde 60% se declararam cristãos, e na África do
Sul, onde 87% se definiram como cristãos, os casos foram mais graves. De acordo
com o censo, mais da metade da população inquirida nesses países (60% na
Tanzânia e 56% na África do Sul) disse acreditar que os sacrifícios dos
ancestrais ou espíritos podem protegê-los de danos.
“Muitas pessoas também dizem que consultam curandeiros tradicionais,
quando alguém em sua família está doente; e as minorias em vários países
africanos mantêm objetos sagrados, como peles de animais e crânios, em suas
casas e participam de cerimónias para honrar os seus antepassados”, informa a
pesquisa do Pew Forum Research.
A pesquisa também descobriu que, diferentemente do que se
pensa, a maioria dos africanos gosta da cultura ocidental. Apenas em dois
países Manzânia e Etiópia) a maioria da população afirma não gostar da cultura
ocidental. Mas de dezembro de 2008 à abril de 2009, a pesquisa do Pew Forum
reuniu informações de mais de 25 mil pessoas em tópicos, incluindo a filiação
religiosa e o compromisso com o cristianismo, o islamismo tradicional, as
crenças e práticas religiosas africanas, e a harmonia inter-religiosa e tensões
na religião e na sociedade.
Cristianismo e islamismo
Entre os resultados, o Pew Forum descobriu ainda que muitos
muçulmanos africanos estã mais preocupados com o extremismo islâmico do que com
o avanço do cristianismo no continente. Segundo os próprios muçulmanos
africanos, os cristãos africanos são muito mais pacíficos do que os muçulmanos.
Somente em quatro dos 19 países pesquisados boa parte da população demonstrou
alguma preocupação com os cristãos.
Outro dado curioso é que a desconhece boa parte das doutrinas
islâmicas e a maioria dos muçulmanos africanos desconhece a maioria das
doutrinas cristãs.
A pesquisa revela também que, na maioria dos países pesquisados,
especialmente os cristãos tendiam a ver as duas religiões como muito
diferentes; e a maioria esmagadora dos pais africanos não aceita a ideia de seus
filhos se casarem com um cônjuge de fora da sua religião.
Apesar disso, a maioria dos africanos não vê conflitos religiosos
como o principal problema em seus países, preferindo destacar o desemprego, a
criminalidade e a corrupção, segundo o Pew Forum. Ainda assim, um número
substancial em todos os países pesquisados, exceto em Botswana e na Zâmbia,
disse que o conflito religioso é um problema muito grande em seu país,
atingindo o índice mais ato na Nigéria e Ruanda: 58%, Aliás, a Nigéria é o país
da África onde simultaneamente mais crescem o cristianismo e o islamismo.
Dado preocupante é que 20% ou mais da população (uma minoria
substancial) em vários países da África dizem que a violência contra civis em
defesa de uma religião pode às vezes ou frequentemente: ser justificada (entre
os cristãos africanos, o índice dos que aceitam isso é quase nulo). E um grande
número (mais de 40%) em quase todos os países expressou preocupação extremistas
em seus países, inclusive dentro de Botswana e na Zâmbia, disse que o conflito
religioso é um problema muito grande em seu país, atingindo o índice mais ato
na Nigéria e Ruanda: 58%. Aliás, a Nigéria é o país da África onde
simultaneamente mais crescem o cristianismo e o islamismo, dentro de sua
própria comunidade religiosa.
Um detalhe importante sobre essa pesquisa é que em três
países de maioria muçulmana (Djibouti, Mali e Senegal) o Pew Forum observou que
havia muito poucos entrevistados cristãos para poder analisar a subpopulação
cristã, e em quatro países predominante cristãos (Botswana, Ruanda, África do
Sul e Zâmbia) foram muito poucas entrevistas com os muçulmanos para se conseguir
analisar a subpopulação muçulmana. Em apenas 12 países pôde-se fazer
comparações entre cristãos e muçulmanos.
O caso terrível do Sudão
Um dos casos mais preocupante de perseguição a cristãos está
no Sudão. O Sudão é o maior país da África em extensão territorial. São 42
milhões de pessoas, dentre as quais 70% de muçulmanos (30 milhões), a maioria
ao norte do país; 20% de cristãos (8 milhões), a maioria no sul do país; e 10%
(4 milhões) de seguidores de outras crenças, sobretudo animistas. Ocorre que,
há 26 anos, o norte muçulmano do Sudão tenta submeter a população do sul, predominantemente
cristã (5,5 milhões), ao islamismo e também expulsar os 2,5 milhões de cristãos
do norte. Nestas quase três décadas de conflito, já são quase 3 milhões de mortos,
sendo que, só nos últimos 6 anos, quando o governo ditatorial islâmico do Sudão
iniciou o massacre de Darfur, já foram 400 mil mortos. Trata-se de um dos
maiores genocídios da História da Humanidade e do maior massacre a cristãos por
muçulmanos em toda a História.
Sudaneses que pertencem a outros grupos estão sendo
assassinados por tabela – estes
representam cerca de 5% dos mortos –, mas à motivação do massacre é totalmente
étnica e anticristã – são as tribos de sudaneses arabizados do norte, que são muçulmanos,
contra as tribos de sudaneses predominantemente negros, que são cristãos. À
ditadura islâmica que promove o conflito usa como justificativa para à matança exatamente
à não-aceitação das normas da Sharia por parte da população, e dessa parte que não
aceita a maioria esmagadora é de cristãos.
São radicais armados pela ditadura contra cristãos que não
têm como se defenderem. Há milhões de cristãos sudaneses vivendo de forma sub-humana
em campos de refugiados e campos de concentração. Outro detalhe que mostra o
radicalismo islâmico naquele país é a ligação do regime sudanês com
terroristas, Por exemplo: antes dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra
os Estados Unidos, os muçulmanos do Sudão chegaram a abrigar em seu território
o terrorista saudita Osama Bin Laden e o quartel-general da Al Qaeda. Além do
mais, o Sudão é mais uma prova de que aquela tese dos anos 80 de que xiitas são
mais violentos do que sunitas é um grande erro – os muçulmanos do Sudão são
sunitas. Não que todos os muçulmanos do mundo sejam violentos, mas os sunitas
também são violentos.
Em 2004, devido ao genocídio encarado pelo ditador sudanês
Omar Hassan Ahmad al-Bashir, que tomou o poder num golpe de Estado em 1989, o
Conselho de Segurança da ONU tentou votar, com apoio dos EUA, Europa e Israel,
duas resoluções contra o Sudão que impunham sanções econômicas caso o massacre
continuasse, porém China e Paquistão, que investem na indústria do petróleo do
Sudão, em associação com os países árabes, derrubaram as duas resoluções no
Conselho de Segurança da ONU. Derrubadas as sanções, sobrou apenas uma
alternativa, que chegou a ser ventilada à época: os Estados Unidos liderarem
uma intervenção militar unilateral, já que a ONU estava de mãos atadas.
Entretanto, naquele período, os EUA estavam com problemas demais no Iraque e no
Afeganistão, por isso sem condições de despachar soldados para o Sudão.
Em 2006, houve uma segunda tentativa: o Conselho de Direitos
Humanos da ONU, em dezembro daquele ano, tentou votar à condenação do Massacre,
que já ceifara, à época, a vida de 200 mil sudaneses. Porém, mais uma vez, por causa
da oposição de países africanos e árabes, da China e de dois países do Ocidente
– Cuba e Brasil (Sim, Brasil! Infelizmente, vergonhosamente) –, o Conselho de
Direitos Humanos não conseguiu aprovar a condenação. Vergonhosamente, o
documento final não criticava o governo do Sudão nem falava de responsabilidades
pelo massacre. O acordo desse bloco evitou que os países votassem a proposta
dos EUA, União Europeia e Israel de condenar o governo do Sudão. Pela proposta
aprovada, foram enviados apenas cinco especialistas à região para analisar a
situação e nada aconteceu. Hoje, mais de 3 anos depois, já chega a 400 mil os mortos
do massacre islâmico em Darfur, e o governo do nosso país, vergonhosamente, manchou
a nossa história ao se opor às sanções contra a ditadura genocida do Sudão.
Oremos pelo Sudão, para que o Senhor console os nossos
irmãos perseguidos, como também, pelo fim do massacre promovido pelos
extremistas mulçumanos regionais ali.
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