Curso de Louvor e Adoração

Curso de Louvor e Adoração


A música já existia na mente e no coração de Deus de maneira plena e consistente, e tenho certeza de que tudo o que conhecemos não se aproxima do que Deus planejou. Ainda estamos no “canto-chão” da música divina.

A Bíblia registra no livro de Jó um expressivo diálogo poético entre Deus e Jó: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?”, Jó 38.4-7.

Essa conversa denuncia inquestionavelmente que, antes da fundação do mundo, já havia música no Céu, pois “os anjos alegremente cantavam” para glorificar ao Criador. Portanto, podemos afirmar que a música tem origem divina, sendo primeiramente executada no Céu. Deus, o Todo-Poderoso, criou a música e o primeiro concerto foi realizado num palco celestial!

I – O surgimento da música na Terra

As informações seculares sobre o surgimento da música na Terra, além de escassas, são difusas e inconsistentes, porque se baseiam em notícias imprecisas. Não são resultados de pesquisas notáveis. Essas notícias esbarram em contos e informações de gerações que passaram a outras gerações. Encontramos algum registro, como alento histórico, de que, em mais ou menos 4000 a.C., uma rainha da Mesopotâmia tocava harpa e tinha uma orquestra de harpistas.

Se a história da humanidade falha, a Bíblia Sagrada não falha. No livro de Gênesis, capítulo 4, temos o registro da origem da música na Terra: “E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão”, Gênesis 4.21.

Não é difícil imaginar que Adão, o primeiro homem, certamente nos seus momentos de reunião familiar, que deveriam ser constantes – tendo em vista as condições de vida e de relacionamentos da primeira família da Terra –, relatava aos seus filhos e aos filhos de seus filhos as experiências magníficas que obtivera com o Criador no Jardim do Éden. Assim, o entusiasmo de seu velho “pai”, Adão, passou para Jubal um profundo desejo de vivenciar experiências de relacionamentos íntimos com o Criador. Jubal se inquietou, pois queria obter um meio de adorar a Deus, além dos que já conhecia. Essa busca criativa levou-o a pesquisar aquilo que a natureza lhe oferecia. Os vegetais, as plantas, os frutos etc. Tomou talos ocos de plantas, talvez de uma aboboreira ou de bambu e, como um artífice, iniciou a sua obra, ora fazendo uma fenda rasa numa das pontas do talo (tubinho), ora abrindo orifícios no sentido de seu comprimento. Em cada tentativa, um assopro, um som, uma surpresa...

Jubal percebia que, variando o comprimento e a espessura do tubinho, bem como alterando a bitola dos orifícios, os sons variavam. A partir daí, na medida em que os dias se seguiam, em que as experiências avançavam, nascia o primeiro instrumento musical na Terra, já com uma organização, mesmo que rude, de escala lógica, nas mãos do primeiro músico humano preparado por Deus. Nascia algo parecido com a flauta doce, que hoje conhecemos.

Podemos supor também que a primeira versão criada por Jubal se constituiu numa sequência de tubinhos com mesma espessura, mas com comprimentos variáveis, o que permitia uma escala musical obtendo-se assim um instrumento parecido com a flauta de Pã, muito utilizada pelos peruanos, bolivianos e chilenos. Talvez venha daí o que algumas versões bíblicas trazem no texto de Gênesis 4.21, que Jubal é o pai de todos os que tocam harpa e órgão, em virtude de uma suposta semelhança com o órgão de tubos, encontrado em grandes catedrais.

Jubal é, portanto, considerado pela Bíblia o pai de todos os músicos, pois foi com ele que a música teve início na face da Terra.

II – O que é mesmo música?

Não poderíamos falar de música sem ao menos trazer algumas definições teóricas, sendo que muitas já estão bem apresentadas em tratados de teoria musical. A música é:

a) A arte e a ciência de combinar sons, manifestando os sentimentos de nossa alma.

b) A arte de combinar sons de maneira lógica e ordenada, agradando ao ouvinte.

c) É toda e qualquer organização de sons existentes no cosmos, principalmente os da natureza, como o murmurar das águas, os gorjeios dos pássaros, o uivar do vento etc.

d) É a arte sonora que atrai pessoas. Esta definição certamente concorda com a opinião geral, pois, por certo, já vimos alguém chegar discreta e silenciosamente em um ambiente público com um instrumento e, ao começar a tocá-lo, passar a atrair ao seu entorno os apreciadores de música. Não há dúvida, a música tem a propriedade de atrair pessoas com maior ênfase do que todas as outras artes.

Bem, mas por que a música é definida por arte e ciência?

É definida como arte porque possui regras e disciplinas e, ao mesmo tempo, permite uma extensa liberdade de expressão. Essas condições só podem ser controladas por pessoas dotadas para isso, ou seja, pessoas altamente sensíveis e comprometidas com a aguda percepção, com acuidade auditiva e com senso matemático.

É definida como ciência, pois a música é fundamentada pelo menos na matemática, na física e na química.

III – Funções da música

A música foi criada por Deus e “prescrita” aos homens para abençoá-los, por meio de seu poder de influência, suprindo diversas necessidades humanas, sejam elas sociais, educacionais, econômicas, psicológicas e até estéticas. Vejamos.

1) Necessidades sociais

a) A música agrega pessoas.

b) A música cria símbolos (Exemplos: hino nacional, hino do clube, hino escolar etc.).

c) A música é alento em funerais.

d) A música é indispensável em festas. Tente realizar uma festa sem a participação musical. Será um desastre, e não um congraçamento! Seja um culto de ação de graça, seja uma cerimônia de casamento, ou até uma festa de aniversário em família, a música é a primeira convidada.

2) Necessidades educacionais

A música auxilia na memorização. Na Bíblia, há uma referência a respeito da memorização. Está registrada em Deuteronômio 31.19-21: “Agora, pois, escrevei-vos este cântico e ensinai-o aos filhos de Israel; ponde-o na sua boca para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos de Israel. Porque os meterei na terra que jurei a seus pais, a qual mana leite e mel; e comerão, e se fartarão, e se engordarão; então, se tornarão a outros deuses, e os servirão, e me irritarão, e anularão o meu concerto. E será que, quando os alcançarem muitos males e angústias, então, este cântico responderá contra eles por testemunha, pois não será esquecido da boca de sua semente; porquanto conheço a sua imaginação, o que eles fazem hoje, antes que os meta na terra que tenho jurado”.

Percebamos o Senhor demonstrando ali, já naquela época, o poder de memorização da música.

3) Necessidades econômicas

O mundo dos negócios descobriu a música! Os profissionais de marketing, envolvidos com os mais variados produtos, procuram, através de técnicas acadêmicas ou clássicas, darem uma evolução de venda no sentido de atingirem metas cada vez mais desafiadoras. Eles também perceberam o poder que a música tem de fixar na mente das pessoas uma mensagem, e há muitos anos utilizam a música em propagandas em estilo de vinheta, o que comprovadamente tem se mostrado em um eficiente canal de comunicação.

por Nilton Didini Coelho

Compartilhe este artigo. Obrigado.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem