Israel festeja seus 75 anos de existência

Israel festeja seus 75 anos de existência

No dia 14 de maio de 2023, Israel comemorou 75 anos de fundação do seu Estado. É, sem sombra de dúvidas, uma data histórica. Esse dia foi escolhido pelo fato de que, em 14 de maio de 1948, David Ben Gurion, depois de assinar a Declaração de Independência de Israel, proclamou a criação do Estado Hebreu. Seis meses antes, em novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a criação do Estado de Israel junto com o Estado da Palestina, em uma seção presidida pelo brasileiro Oswaldo Euclides de Sousa Aranha (Oswaldo Aranha). A liderança árabe, contudo, não aceitou tal partilha.

Vale lembrar que existe uma relação histórico/milenar entre os judeus e a terra santa. Esse fato é relatado tanto nas Sagradas Escrituras como nas fontes seculares. A existência dos impérios antigos reafirma as relações daquela terra com os hebreus. Seja a Assíria, ou a Babilônia, ou o Império Helênico, ou Roma, e até mesmo a multiplicação dos descendentes de Abraão no Egito (questionado por alguns historiados e reafirmado por outros, mas claramente confirmado nas Sagradas Escrituras), todos eles autenticam tanto a existência do povo israelita como a relação deles com a sua terra. Não se pode negar também que coube ao rei Davi a fundação da cidade de Jerusalém, conquistada dos jebuseus por volta do ano 1000 a.C. É por isso que ela é historicamente chamada de “A cidade do rei Davi”. Mesmo com a grande Diáspora após a destruição de Jerusalém, ocorrida no ano 70 d.C. sob o comando do general Tito, e que causou a maior dispersão histórica dos judeus de sua terra, é importante ressaltar que sempre houve um pequeno remanescente deles, seja na cidade santa ou nos arredores dela. Portanto, o argumento de que os judeus não têm direitos históricos sobre a sua terra não persiste.

Se, por um lado, a própria criação do Estado de Israel, que ocorreu no período pós-Segunda Guerra, foi considerada um milagre, por outro a sua persistência, diante de tantos conflitos nestes 75 anos tem sido um milagre maior ainda. O primeiro conflito, logo após a criação do Estado de Israel, em 1948; a Guerra dos 6 dias em 1967; a Guerra do Yom Kippur em 1973, e tantas outras guerras, nos fazem concluir que, maior do que a capacidade bélica dos judeus, o que podemos perceber é que não tosqueneja o Guarda de Israel (Salmos 121.4).

Israel tem enfrentado, nestes últimos dias, além dos constantes desafios externos, algo que tem sido uma novidade e, de certa maneira, algo perigoso para o fortalecimento da nação: os conflitos de ordem interna. O país encontra-se dividido politicamente, ocorrendo manifestações populares por parte da oposição ao atual primeiro ministro Benjamin Netanyahu. Porém, mesmo diante dos desafios externos e internos, a nação está comemorando, não apenas em um dia, mas durante todo este ano, o seu 75º aniversário de fundação.

O Brasil historicamente tem mantido boas relações com Israel e devemos orar para que essas relações não sejam abaladas por razões político/ideológicas. Não devemos esquecer o que Deus disse acerca de Abraão e de seus descendentes, Isaque e Jacó: “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.2,3).

Jesus Cristo, que para nós cristãos é o verdadeiro Messias de Israel, afirmou em Mateus 23.37-39 uma das mais duras e contundentes profecias acerca do futuro do povo da promessa. No versículo 37, na primeira parte, Ele remete ao passado do povo, quando diz: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados!(...)”. Na segunda parte do versículo, ele traz para o período do Seu ministério e evidencia qual era o desejo dEle, como Messias: “Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste”. No versículo 38, o Senhor profere uma profecia de cunho histórico, que cumpriu-se no ano 70, quando disse: “Eis que a vossa casa vos ficará deserta”. Já no versículo 39, Ele profere uma profecia de cunho escatológico, quando afirma: “Porque vos digo que, desde agora, me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor”. Certamente, esta profecia irá se cumprir quando da manifestação de Cristo em glória, no final da Grande Tribulação.

Isso significa que Jesus Cristo afirmou de forma contundente que mesmo que os judeus fossem dispersos na Grande Diáspora, que durou até 1948, todavia jamais eles deixariam de existir e, quando Jesus retornasse para o concerto com eles, os encontraria em sua terra. Portanto, os 75 anos do Estado de Israel, além de ter um importante aspecto histórico, tem, acima de tudo, um importante valor escatológico. Como comumente se afirma, Israel é o relógio escatológico de Deus.

Diante de tal contexto, qual deve ser o posicionamento daqueles que amam Jesus e O servem? Primeiro, o de abençoar Israel, pois há um plano específico de Deus para com os judeus. Um verdadeiro cristão não pode ser contrário à existência da nação israelita e muito menos ser a favor da expulsão deles da sua terra. Claro que isso não significa aplaudir ações erradas que eles venham cometer ou decisões erradas que eles venham tomar. Nós devemos amar a todos, e isso inclui palestinos e judeus, e devemos, acima de tudo, orar para que haja paz entre eles. Em segundo lugar, devemos pregar o Evangelho de Cristo para eles. Todas as pessoas precisam entregar as suas vidas a Jesus para alcançarem a salvação, e isso inclui os judeus que ainda não se converteram ao seu Messias. A Bíblia diz a esse respeito: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”. Todos precisam ouvir que somente Jesus Cristo salva! Em terceiro lugar, devemos estar preparados para a Vinda de Cristo, pois os sinais estão se cumprindo e Israel está neste contexto. Tudo o que a Bíblia predisse acerca de Israel, que deveria se cumprir, já se cumpriu, então certamente o que falta se cumprir irá se cumprir.

Parabéns, Israel, pelos seus 75 anos! E que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó te abençoe! E que o nosso Senhor Jesus Cristo, o Leão da Tribo de Judá, cujo cetro está em Sua mão (Gênesis 49.10), o descendente de Davi (Mateus 1.1), te sustente a cada dia. Termino este texto citando o que Paulo escreveu acerca de Israel, em sua Carta aos Romanos: “Que são israelitas, dos quais é a adoção, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!” (Romanos 9.4,5).

por Cláudio César Laurindo da Silva

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