O paralelo entre o Dia do Senhor em Sofonias e em 1 Tessalonicenses

O paralelo entre o Dia do Senhor em Sofonias e em 1 Tessalonicenses

O que é o “Dia do Senhor”? É o mesmo que Arrebatamento da Igreja? Como interpretar Sofonias 1.14-16 e 1 Tessalonicenses 2.1-3?

A expressão “O Dia do Senhor” é escatológica, especialmente nos livros proféticos, como Sofonias. Vejamos estes versos: “O grande dia do Senhor está próximo; está próximo e logo vem. Ouçam! O dia do Senhor será amargo; até os guerreiros gritarão. Aquele dia será um dia de ira, dia de aflição e angústia, dia de sofrimento e ruína, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e negridão, dia de toques de trombeta e gritos de guerra contra as cidades fortificadas e contra as torres elevadas” (Sofonias 1.14-16, NVI). Mas, como sempre ocorre após os anúncios dos juízos divinos, Sofonias se volta para os humildes: “Busquem o Senhor, todos vocês, os humildes da terra, vocês que fazem o que ele ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do Senhor” (Sofonias 2.3, NVI). Deus nunca derrama a Sua ira indiscriminadamente sobre bons e maus. No Salmo 118.24, temos um dia abençoado “em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia”. Esse dia corresponde ao “ano da bondade do Senhor”, que termina no Rapto da Igreja, seguindo-se “o dia da vingança do nosso Deus” (Isaías 61.2, NVI).

Paulo acalma a Igreja de Tessalônica

Diante dos rumores acerca da manifestação imediata do homem do pecado, que perturbavam a Igreja de Tessalônica, o apóstolo Paulo acalma aqueles irmãos corrigindo possíveis equívocos interpretativos de sua primeira carta que, por sinal, era de forte ênfase escatológica. “Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus” (2 Tessalonicenses 2.1-4, NVI).

O apóstolo fala do Salvador com reverência e lembra que é certo que Ele voltará, e é igualmente certo que Seus santos serão reunidos a Ele. Mas diz que antes deverão ocorrer certos acontecimentos, como, por exemplo, uma grande apostasia seguida da revelação do “mistério da iniquidade” que, já naquele tempo estava em ação. Primeiro se manifestam o homem do pecado, como a primeira besta, e o Anticristo, como deus; então Jesus desce ao Monte das Oliveiras com a Igreja, põe fim à Grande Tribulação e assume o Reino Milenial como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Vejo no Catolicismo Romano e na Igreja Ortodoxa o cumprimento da profecia acerca da apostasia. Trato desse assunto no meu livro História da Igreja Cristã.

Paulo continua: “Não se lembram de que quando eu ainda estava com vocês costumava lhes falar essas coisas? E agora vocês sabem o que o está detendo, para que ele seja revelado no seu devido tempo. A verdade é que o mistério da iniquidade já está em ação, restando apenas que seja afastado aquele que agora o detém. Então será revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda” (2 Tessalonicenses 2.5-8, NVI).

Se, no último versículo de sua conclusão, Paulo se refere de forma geral aos crentes que não subirão no Arrebatamento da Igreja (essa é uma questão), então não haverá segunda chance. “A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça” (2 Tessalonicenses 2.9-12, NVI).

por Abraão de Almeida

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