Os fundamentos do evangelismo

Os fundamentos do evangelismo

Tivemos um período crítico sobre a prática do evangelismo em nossa sociedade. Segundo R.A. Torrey, existem pelo menos cinco características de uma boa oportunidade em público para evangelizar: ¬) quando a pessoa está só;  ) quando desocupada; 1) quando de bom humor; 2) quando comunicativa; 3) quando em atitude séria. É preciso ter a sabedoria e a graça de Deus para poder compreender isso e assim ser bem-sucedido no evangelismo, pois todos sabem da existência das bênçãos que resultam do evangelismo, a saber: crescimento da Obra de Deus e estímulo a outros irmãos. Quando um é contagiado pela paixão de ganhar almas, começa a expandir este sentimento a outros.

Não se pode tirar da mente do evangelizador que obstáculos surgirão no caminho, à semelhança do que diz o Salmo ¬126.5,6: “Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos”. Por isso, evangelizador, não desista de semear a Palavra de Deus!

Vejamos pelo menos três obstáculos para desempenhar o evangelismo: a) o medo de ser tomado como fanático; b) frieza de coração; e c) falta de instrução, tendo assim pouco conhecimento bíblico. É por tais razões que é importante todo crente permanecer indo à Casa de Deus nos cultos de ensino e na Escola Dominical para sempre aprender e estar em oração coletiva para não deixar sentimentos mesquinhos tomarem conta de seu ser.

A prática do evangelismo tem um tríplice valor que não pode deixar de ser contemplado por quem ama evangelizar, ou seja, falar de Jesus aos perdidos. O primeiro valor: A alma humana é importante para Deus, pois Deus não quer a morte eterna para ela (Provérbios 24.11; Ezequiel 18.23). O segundo valor: O sacrifício de Jesus foi por toda a humanidade. Por isso fomos postos como cooperadores de Deus para falar ao mundo deste sacrifício (Mateus 4.19). O terceiro valor: O homem foi feito para viver com Deus e por isso precisamos ter em mente que fomos chamados para juntar riquezas nos céus. Aqui, vemos a importância, a sublimidade e o fator espiritual nesta prática.

Ora, o evangelizador precisa ter em mente pelo menos sete coisas para desempenhar nobremente seu papel aqui na terra: 1) qual é seu campo de trabalho (Onde houver pessoas carentes de salvação); 2) seu lema (A cruz de Cristo); 3) seu tema (Jesus); 4) sua base (A Bíblia); 5) sua meta (acrescentando mais um à sua Igreja); 6) suas ferramentas (folhetos evangelísticos e outros meios de evangelização); e 7) sua vocação (ser uma testemunha de Cristo). Houve algumas pessoas na história da Igreja que deixaram registradas suas mais indeléveis declarações sobre a prática da evangelização e que deixo propositadamente transcritas aqui: John Stott: “A evangelização nasce do amor”; Bryan Green: “Ou a Igreja evangeliza, ou se fossiliza!”; J. Blanchard: “Não podemos levar o mundo todo a Cristo, mas podemos levar Cristo a todo o mundo”; Thomas Cosmades: “A evangelização não é uma atividade para as horas vagas”; Arthur Skevington Wood: “A evangelização, à semelhança da caridade, começa em casa”; D. T. Niles: “Evangelização é um mendigo contando a outro onde encontrar pão”; Harold J. Ockenga: “A evangelização precisa ser trinitária para ser bíblica”; Douglas Webster: “Em toda evangelização, a primazia da Bíblia é essencial”; J. Blanchard: “A grande necessidade da igreja é ter um espírito de evangelização, não um esforço evangelístico temporário”; Robert E. Coleman: “Quando o nosso coração está cheio da presença de Cristo, a evangelização é tão inevitável quanto contagiante”; Richard C. Halverson: “Parece que a evangelização nunca foi um ‘problema’ no Novo Testamento. Isso quer dizer que não encontramos os apóstolos recomendando, exortando, repreendendo, planejando e organizando programas evangelísticos [...| A evangelização acontecia! Emanando sem esforços da comunidade de crentes como a luz emana do sol, era automática, espontânea, contínua, contagiante”; Roy Joslin: “Para os primeiros cristãos, a evangelização não era algo que eles isolavam das outras áreas da vida cristã a fim de nela se especializar, para analisá-la, teorizá-la e organizá-la. Eles simplesmente a praticavam!”; Anônimo: “A igreja não é um clube de iates, mas uma frota de barcos de pesca”; Vance Havner: “O evangelho é como um bote salva vidas, não como um barco de exposição, e o homem precisa decidir qual deles vai pilotar”; Leon Morris: “Quando os cristãos evangelizam, não estão empenhando-se em algum passatempo agradável e inofensivo, mas, sim, em uma luta terrível, cujos resultados são eternos”; Alan Walker: “Um tremendo preço precisa ser pago para que homens e mulheres sejam ganhos para Jesus Cristo. Afinal de contas, o preço para Deus [...] Foi uma cruz sobre um monte: William Gurnall: “Os pecadores não devem ser empurrados para Cristo, bombardeados com linguagem dura, mas atraídos a ele com exortações que comovem o coração”; Geoffrey Thomas: “Os únicos precedentes neotestamentários para a proclamação do evangelho são: vida santa, oração e testemunho ousado”; J. Blanchard: “Recusar-se a evangelizar é tão pecaminoso como cometer adultério ou homicídio”; E. Wilson Carlisle: “Evangelização é atarefa perpétua de toda a igreja, não o passatempo peculiar de alguns de seus membros”; William Freel: “A Palavra de Deus não é apenas para consumo interno; é também para exportação”; e George Sweazey: “Evangelização é tarefa sempre perigosa, embora não seja tão perigosa como à falta de evangelização”.

Ninguém nasce na igreja sabendo evangelizar. É preciso alguém experiente para repassar tanto em teoria como em prática a maravilhosa obra de evangelizar os perdidos sem Deus. Para isso, encontramos nas Escrituras exemplos de pessoas que foram discipuladas: a) os 12 discípulos de Jesus (Marcos 3.14); b) Saulo por Ananias (Atos 9.17) e Barnabé (Atos 9.26,27); c) Timóteo por Paulo (1 Coríntios 4.17) e os novos convertidos pelo ministério do apóstolo (1 Tessalonicense 2.8; 3.10; Colossenses 1.28). O evangelizador experiente precisa ter amor, carinho e paciência com aquele que está discipulando no evangelismo. Lembre-se que um dia você também foi discipulado!

Por Silvio Vinicius Martins.

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