Joslin Josh McDowell

Um dos maiores apologistas cristãos de nosso tempo fala sobre apologética e sua vinda ao Brasil ano que vem pela CPAD

Joslin “Josh" McDowell, 72 anos, completados em 17 de agosto, nasceu em Michigan, EUA, em uma família desajustada, com um pai alcoólatra e violento. Ainda muito jovem, tornou-se agnóstico. Porém, certo dia, ao preparar um texto para atacar a fé cristã, examinou as evidências históricas em favor do Cristianismo e acabou capitulando: converteu-se a Cristo. Por essa época, concluiu seu Bacharelado em Artes, ingressando em seguida no Seminário Teológico Talbor, da Universidade de Biola, Califórnia, onde formou-se com Mestrado em Teologia.

Através de seus escritos, Josh notabilizou-se como um dos maiores apologistas cristãos de nossa época. A CPAD lançou recentemente seu livro “Evidências da Ressurreição”, em co-autoria com Sean McDowell, um dos seus quatro filhos de um feliz casamento com Dorttie Youd. O casal mora em Dallas, Texas (EUA).

Nesta entrevista, ele fala sobre apologética cristã em nossos dias e sobre sua vinda ao Brasil ano que vem pela CPAD.

Qual tem sido o foco de seu ministério nos últimos anos?

Bem, o meu ministério durante os últimos 50 anos — e este é o meu 51º ano — tem sido dedicado, basicamente, aos jovens. Nós estamos ajudando aqueles que estão relacionados aos jovens em duas áreas. À primeira diz respeito às verdades sobre a Fé cristã, evidências que exigem uma resposta de nossa parte. Tudo isso é real? A ressurreição aconteceu? Cristo é o Filho de Deus? Você pode realmente confiar na Bíblia? E então a segunda área fundamental, ou o segundo aspecto fundamental no ministério, é o que eu chamo de “Apologética Sexual”, e ela trata da questão da moralidade sexual a partir de uma perspectiva bíblica, médica e cultural, para ajudar pais, pastores, lideres de jovens e todos aqueles que estiverem relacionados aos jovens. O objetivo é ajudá-los a ter a visão mais saudável que poderiam ter a respeito da vida sexual, e que está contida nos ensinos das Escrituras.

De onde veio o desejo de incluir o Brasil em sua série de viagens?

Claro! Se você não for ao Brasil, você não poderá se considerar uma pessoa relevante! Você não poderá se considerar alguém realmente vivo até que faça uma turnê pelo Brasil. E como eu já fiz duas turnês pelo Brasil, eu posso me considerar alguém que está vivo. Se alguém quiser pensar em toda a América Latina, e não pensar no Brasil, estará louco. Acredito que quando você considera o idioma português em relação aos outros idiomas falados no mundo, ele deva estar entre os três ou quatro idiomas mais falados, e a influência dos países de fala portuguesa é muito grande, como, por exemplo, a dos países do continente africano como Angola e, na Europa, Portugal. Então, eu quero vir e fazer parte da igreja que está no Brasil, impactando a juventude a favor de Cristo.

Para que público o evento do ano que vem é voltado?

Não é um evento para jovens. Mas, alguém pode dizer: “O quê? É um evento relacionado aos jovens, mas os seminários não são para jovens”. Esses seminários são direcionados àqueles que influenciam os jovens. Lideres de jovens, voluntários que trabalham com jovens, pastores, pais e professores. Essas são as pessoas que eu quero influenciar, apresentando-lhes verdades bíblicas, verdades médicas e verdades culturais que possam lhes dar o conhecimento e a confiança necessária para transmitirem essas verdades a centenas de milhares de jovens. Então, podemos dizer que são eventos para líderes.

Líderes e professores?

Sim, professores estão incluídos, pois também são líderes.

Quanto tempo durará o seminário? Qual é o comprometimento necessário?

Bem, o meu desejo é que possamos ter 12 horas de duração. Por exemplo, das 8h30 às 20h30. Então, como você pode ver, é um seminário de trabalho.

Eu não trato o assunto superficialmente, mas, sim, de forma aprofundada. Estamos fazendo em um único dia por questões financeiras e administrativas, mas o meu desejo é que quando esses líderes saírem dali no final do dia, cada um possa dizer: “Uau! Valeu a pena participar!”. Nós fizemos dois seminários no México a título de teste. Quando eu disse que queria ir das 8h30 às 20h30, alguém me disse: “Não é assim que fazemos aqui”. Mas, eu disse que era assim que eu gostaria de fazer. Então, me responderam que fariam, porém as pessoas se retirariam etc. Sabe o que aconteceu? Uma única pessoa se retirou ao longo dos dois seminários. Na, realidade tínhamos mais participantes no final dos dois seminários do que quando os iniciamos. E começamos mais tarde, porque tem o costume mexicano. No final, pela primeira vez no meu 51º ano de ministério, depois de tantos seminários em tantas partes do mundo, não tive sequer um comentário negativo em todos os tópicos da avaliação final feita pelos participantes. E a razão de tudo isso é que 95% do material apresentado àqueles líderes de jovens, voluntários, professores e demais participantes era novidade para eles. Eu quero fazer isso no Brasil.

Que mensagem o irmão deixa à igreja brasileira?

Eu gostaria de lhes dizer algo que diria a todas as igrejas em todas as culturas do mundo hoje: Por causa da Internet, você jamais poderá cantar aquela velha cantiga “Nós não fazemos assim em nossa cultura”. Ou ainda: “Em nossa cultura não dizemos isso”. Não importa! Expressões como essas passaram a ser marginalizadas por causa da Internet. Você pode dizer: “O que?”. Sim, você já não pode mais dizer “Em nossa cultura fazemos assim…”. Expressões como essa passaram a ser marginalizadas por causa da Internet, Assim, a maior armadilha para a causa de Cristo, para o Corpo de Cristo, para a Igreja, para as famílias cristãs, para a pureza de nossa juventude, não está nas próximas eleições, não são os agnósticos, céticos e ateus com todos os seus argumentos. De fato, essas também são armadilhas e precisamos lidar com elas, porém a armadilha número um é universal e penetrante: é a imoralidade sexual que chega às pessoas através da Internet. Pastores, voluntários que cuidam da juventude na igreja e pais: É bom que vocês estejam alertas no Brasil, porque basta um “clique” para que um jovem caia nessa armadilha. Não podemos mais criar os nossos filhos conforme algum modelo já conhecido em qualquer cultura deste mundo, por causa da Internet. Então, quero dizer a vocês, e imploro a vocês: Se você é um pai ou uma mãe, se você trabalha com jovens, se você é um pastor, se você é um voluntário que trabalha com jovens, ou um professor ou professora, eu peço que você participe de um de nossos seminários por amor aos seus filhos e jovens, pelas crianças que fazem parte da igreja onde você serve ao senhor, e pelos jovens no Brasil. Deixe-me trabalhar com você para que juntos possamos causar um impacto positivo nessa área. Isso é o que quero compartilhar com os meus irmãos e irmãs no Brasil, e estou ansioso por encontrá-los em nosso seminário.

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