O assunto deste artigo, como o seu título sugestivo indica, é de aplicação comportamental para o leitor. O objetivo é ressaltar que os obreiros atuam como a “vitrine da igreja”, uma vez que somos observados pelos fiéis, que olham para nós analisando detalhes. Os obreiros são objeto de verificação por parte dos fiéis que os cercam. Há irmãos em Cristo que fazem uma observação “panorâmica”, mas há outros que apreciam os obreiros com detalhes. Por exemplo, um pastor que veio visitar a nossa igreja disse algo para nossos irmãos para o qual eu jamais havia prestado a devida atenção: toda vez que assumia o púlpito, eu arrumava o paletó no corpo. São detalhes que, querendo ou não, os nossos irmãos percebem em nosso cotidiano.
Apresentei esse exemplo, sobre algo que pode ser considerado
um mero detalhe, para destacar que se aquele pastor observou isso, os demais
fiéis também percebiam e percebem ainda outros detalhes em nosso comportamento.
Se glorificamos a Deus, ou cantamos e oramos, se lemos a Bíblia ou mesmo
estamos atentos ao culto, eles percebem. Se chamamos um obreiro para orar por
um enfermo, e ele acaba incluindo vários outros pedidos em um só bloco ao ponto
de esquecer de clamar em favor do enfermo (!), a igreja percebe. Isso significa
que o mesmo está totalmente “desligado” do culto. A igreja percebe todos esses
detalhes, de modo que o obreiro deve atentar para ter uma vida íntegra para
servir como um exemplo aos fiéis.
O obreiro deve ter um comportamento do qual não tenha que se
envergonhar, conforme 2 Timóteo 2.15-17. Isto é, ele deve ser um cooperador de
vida íntegra em todos os sentidos: no ambiente doméstico; no caso de vir a
deixar o celular ligado e o conteúdo não for comprometedor; quando conduz um
colega de trabalho para uma visita à igreja, para ter cuidado para que algum
comportamento não vá levá-lo, a uma vergonha pública uma vez que ele tem um testemunho
digno no ambiente religioso e também na empresa onde trabalha. O obreiro de
vida íntegra é aquele cujo cargo exercido no ambiente eclesiástico serve como referência
para os demais fiéis. A integridade é uma exigência para o exercício de
quaisquer atividades na igreja do Senhor.
Podemos indicar Atos dos Apóstolos 6.1-3 para exemplificar o
que estamos falando nesse momento: “Ora, naqueles dias, crescendo o número dos
discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas
viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão
dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e
sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre esta
necessidade”. Que importante negócio era este? O púlpito? A pregação da Palavra
de Deus ou mesmo a oração? O negócio importante colocado em pauta pelos
apóstolos eram “as mesas” que precisavam de atenção e que não trazem “holofote”
para ninguém, mas era uma tarefa que deveria ser exercida por homens de boa
reputação. Para exercer cargo na igreja, o postulante deve ter boa reputação!
Este foi o pensamento dos apóstolos quando entenderam que precisavam
escolher cooperadores para servir às mesas e encerrar a murmuração que
contaminava os demais fiéis em Jerusalém, considerando que, se estavam sendo chamados para acabar com aquela murmuração, não podiam ser murmuradores, porque
eram aqueles que estariam aplacando aquela rixa existente entre os fiéis da igreja
local. A integridade é uma exigência de o próprio Deus para o obreiro exercer a
sua atividade, sendo esculpida pelo Espírito Santo. E quanto mais próximos de
Jesus, mais seremos aperfeiçoados para servir em Sua Seara.
por José Wellington Costa Junior
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