Metaverso: perigos e oportunidades em uma sociedade presa ao virtual

Metaverso: perigos e oportunidades em uma sociedade presa ao virtual

Cresce uso do metaverso, inclusive com igrejas criando suas versões virtuais nessa nova realidade; mas, o que essa tecnologia pode trazer de bom ou ruim?

Toda tecnologia não é um mal em si mesma, mas pode ser usada para o bem ou para o mal. Será sempre a finalidade que se dará a ela que determinará se aquela tecnologia está sendo um mal ou um bem em nossas vidas. É como um carro, que podemos usar para nos locomover de casa para o trabalho ou como uma arma para matar pessoas. O carro não é mal em si, mas o que fazemos com ele é que será mau ou bom. Da mesma forma é o metaverso, a nova tecnologia de ampla realidade virtual. Ela pode ser usada para o bem ou para o mal.

O metaverso – cujo nome veio do romance de ficção científica Snow Cash (1992), de Neal Stephenson – é uma rede de mundos virtuais que imita a vida real e cujo foco é a conexão social. Essa rede, que está crescendo em todo o mundo, utiliza tecnologias de realidade virtual de forma aumentada para proporcionar uma imersão completa do usuário. Tal realidade pode ser acessada por meio de óculos e manoplas conectados a celulares ou computadores.

Exemplos de bom uso do metaverso são reuniões de trabalho ou negócios, ou a ministração de cursos que alcançam simultaneamente alunos de culturas e lugares os mais distantes e variados. Um mal uso do metaverso – e que, infelizmente, é o que está sendo mais explorado hoje – é utilizá-lo como uma fuga da realidade, onde a pessoa assume uma nova identidade para construir para si um mundo paralelo, meramente recreativo, alienando a pessoa do mundo real. Em uma época em que já preocupa ver muitas pessoas viciadas em redes sociais, passando horas do dia conectadas na internet, o metaverso chega com a possibilidade de ser uma “droga mais pesada”, no sentido de que tem o potencial de causar mais dependência emocional do que as redes sociais já causam hoje. Se não, vejamos.

As redes sociais usam de forma muito eficiente o estímulo da dopamina. Como assim “dopamina”? A dopamina é um neurotransmissor do cérebro cuja descoberta foi feita em 1957 pelo neuro-farmacologista sueco Arvid Carlsson, pesquisa que lhe rendeu um Prêmio Nobel no ano de 2000. Esse mensageiro químico do cérebro está relacionado à motivação, à sensação de bem-estar e ao estímulo reforçador, com atuação importantíssima no sistema de recompensa cerebral. “Quando a dopamina é liberada e seus níveis sobem em resposta a algo que ingerimos ou fizemos, o corpo sente prazer, recompensa, euforia. E, então, claro, nós sempre estamos buscando recriar essa sensação”, explica a psiquiatra norte-americana Anna Lembke em entrevista à BBC News Brasil.

Ou seja, a dopamina é liberada quando você realiza atividades agradáveis ou quando deseja muito alguma coisa. Pois bem, uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado da Califórnia alguns anos atrás mostrou que esse sistema de recompensa em nosso cérebro é acionado da mesma forma tanto em usuários de drogas como em viciados em redes sociais. Segundo os pesquisadores, conforme matéria do site Uol de abril de 2019, isso se dá porque essas plataformas criam “mecanismos como curtidas, visualizações e comentários para explorar essa sensação de bem-estar e a necessidade de tê-la todo tempo”. Os criadores de plataformas virtuais de interação social sabem que o ser humano é tendente a criar dependências, vícios, de maneira que, com o passar do tempo, eles se especializaram em criar mecanismos nessas plataformas que exploram essa tendência do ser humano. Não por acaso, um dos criadores do Face-book, Sean Parker, chegou a explicar o sucesso da rede afirmando que ela “explora uma vulnerabilidade psicológica humana”.

Um exemplo disso é o “sistema de algoritmos”, que faz com que, toda vez que você entre naquela rede social, sempre apareça para você coisas relacionadas às suas últimas pesquisas de interesse. O objetivo é fazer com que você fique cada vez mais tempo naquela plataforma para seus criadores lucrarem vendendo anúncios nas plataformas com base na alta audiência gerada dentro dela por meio desses mecanismos. Ou então eles lucram levando o usuário a gastar dinheiro dentro da plataforma, oferecendo novos recursos dentro dela que potencializem a experiência, recursos estes que se tornam muito mais possíveis de serem adquiridos se o usuário passa muito mais tempo usando aquela plataforma. Há também o lucro que se pode ter vendendo dados dos usuários, o que tem feito novas legislações serem criadas nos últimos anos que levam as empresas de tecnologia a estabelecerem novas políticas de privacidade nas redes sociais, com termos de serviço que nem sempre são lidos pelos usuários.

Metaverso: perigos e oportunidades em uma sociedade presa ao virtual

Enfim, a rede social não apenas tenta provocar uma atividade agradável, mas faz também com que, através do mecanismo de visualizações, interações com os usuários, curtidas, comentários e algoritmos, a pessoa deseje mais e mais estar ali, ficando presa. Com um detalhe ainda, que faz com que ela se torne mais viciante do que, por exemplo, um jogo eletrônico: por mais estímulo de dopamina que um jogo interessante possa causar, fato é que, ao se desligar do game, a pessoa não precisa ficar pensando sobre o que estará acontecendo no jogo enquanto ela estiver fora dele, porque, quando ela voltar, estará tudo como estava. Ela pode desejar voltar à experiência, mas o efeito viciante é menor porque não há um elemento direto e constante de estímulo à ansiedade. Entretanto, a rede social é totalmente diferente: quando a pessoa se desliga de uma rede social, as coisas continuam acontecendo nela mesmo sem o usuário estar online, de maneira que, mesmo longe das redes sociais, a pessoa fica a se perguntar “O que terá acontecido ou está acontecendo agora lá enquanto estou fora?”, o que aumenta a ansiedade de voltar às redes. Assim, mesmo longe da rede social, a ansiedade permanece ou pode até aumentar, a não ser que a pessoa não tenha apego à rede social, seja temperante. Aliás, não há problema de o cristão usar redes sociais, contanto que sejam usadas de forma saudável e temperante.

Em suma, as redes sociais são uma espécie de “mundo paralelo” cheio de “recompensas” que “clama” por nossa atenção, estimulando ainda mais nossa dopamina. E tendo em vista esses mecanismos viciantes usados nas redes sociais, imagine o que será o metaverso, que é uma rede social elevada ao cubo. É uma experiência similar, mas muito mais intensa. Não por acaso, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, PhD em Neurociências, mestre em Psicologia e biólogo, em uma matéria publicada em março deste ano na internet, afirma que, se as redes sociais já aumentaram os casos de depressão, o metaverso pode aumentar ainda mais os índices de depressão na sociedade, especialmente em pessoas que, além de ser tendentes, têm o hábito de ficar presas no mundo virtual.

Lançado em meio a uma cultura de fuga da realidade

Algo que preocupa também é que a novidade do metaverso é lançada em meio a um forte processo de implementação nos últimos anos de uma cultura de fuga e negação da realidade na sociedade. Lamentavelmente, estamos vivendo a “Era do Virtualismo”, como alguns já têm chamado. Isso pode ser visto não apenas nas horas que muitas pessoas passam por dia na internet, em redes sociais, com alguns até assumindo pseudônimos para agirem de forma diferente de como agem na vida real. Pode ser visto também na disseminação da ideia de que o ser humano pode, se quiser, mudar a essência das coisas simplesmente dando-lhes novos nomes e títulos. O exemplo clássico é o da ideologia de gênero, com homens achando que podem não se ver – e ser vistos – mais como homens e mulheres acreditando que podem não se considerar – e ser consideradas pelos outros – mais como mulheres apenas por desejarem e declararem isso. Hoje, se a pessoa não gosta do que é, ela simplesmente cria artificialmente uma nova identidade (seu próprio “avatar”, por assim dizer), o que nada mais é do que uma negação da realidade.

Até o jornalismo secular já foi contaminado por essa “Era do Virtualismo”. O jornalismo se divide basicamente em jornalismo factual e jornalismo opinativo. O grande problema é que o jornalismo factual está se tornando cada vez menos factual, embora continue sendo vendido como se ainda fosse factual. Ele hoje é caracterizado mais por narrativas do que pela busca pela verdade dos fatos. Ele não quer mais informar, mas transformar. Em vez de apenas se contar o fato em si, são criadas histórias virtuais pelas quais as pessoas reformam os fatos à luz de seus anseios do presente, produzindo uma nova (falsa) narrativa mais adequada aos seus gostos existenciais. Ou seja, se você não gosta daquela realidade, crie uma narrativa mais interessante para você sobre ela, tome-a como verdade para sua vida e venda-a dessa forma para as pessoas. Como dizia Nietzsche, um dos pais da pós-modernidade, hoje “não existe mais verdade, mas apenas narrativas”.

Até mesmo muitos jogos para crianças são voltados para essa cultura do virtualismo. Crianças já são preparadas desde cedo para viverem realidades virtuais em jogos de aplicativos voltados para elas (Roblox, PKXD etc.) nos quais vivem sozinhas em locais criados por elas mesmas, criando sua própria realidade virtual em mundos coloridos e cheios de brincadeiras, em que podem, inclusive, assumir o gênero que quiserem e interagir virtualmente com outras crianças. É uma preparação desde cedo para o uso recreativo do metaverso, com a diferença de que neste não há só jogos, identidades e amigos virtuais, mas também imensos bairros virtuais em comunidades virtuais muito bem elaboradas, onde são comprados “terrenos”, “veículos”, “roupas”, tudo próprio daquela realidade. É uma vida totalmente paralela e artificial repleta de entretenimentos.

Enquanto isso, o Evangelho vai na contramão, nos chamando não para fugir da realidade, mas para encará-la e vivê-la sob a graça e as orientações de Deus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17.15).

As polêmicas igrejas virtuais e a evangelização no metaverso

Uma das polêmicas que surgem no meio cristão hodierno com o advento do metaverso é: seria correta a criação de igrejas virtuais? Várias igrejas, especialmente nos Estados Unidos, já criaram suas versões virtuais no metaverso, de maneira que já se discute na América do Norte se isso pode, no futuro, acabar com as megachurches (“mega igrejas”), pois estas se caracterizam por se reunir em grandes arenas e ter um público com um perfil geralmente mais eclético e de maior mobilidade (trocando de igreja como quem troca de restaurante), o que supostamente o tornaria mais suscetível a aderir à proposta do metaverso.

Em artigo publicado em 2 de junho no site Christian Post, intitulado I went to church in the metaverse and this is what I found (“Fui à igreja no metaverso e foi isso que encontrei”), um repórter do jornal, Leonard Blair, conta como foram suas visitas em três igrejas virtuais e a sua experiência de evangelização ao entrar em um fórum geral de fé do metaverso. Sobre a experiência no culto do metaverso, ressalta Blair: “Percebi que algumas pessoas entravam no espaço da igreja de realidade virtual, ficavam ali por um tempo e depois saíam se não encontrassem nada atraente. Em uma igreja física, deixar um culto que você não achou interessante não seria tão fácil devido à pressão social. No metaverso, porque você está no estado de avatar e não está necessariamente refletindo seu nome verdadeiro em seu perfil que outros podem ver facilmente antes de decidir falar com você, essa pressão social é quase inexistente”. Por essa razão, os cultos nas igrejas no metaverso costumam ter uma audiência com mobilidade (entra e sai) imensamente muito maior durante a reunião do que em um culto normal, presencial.

Blair acrescenta: “A consciência de que poderia haver uma experiência mais útil em uma igreja a alguns cliques de distância também ajuda a impulsionar essa frequência transitória na igreja do metaverso. A única coisa que você precisa fazer é voltar ao menu de cultos ao vivo e escolher o serviço que achar mais interessante para o dia”.

Blair achou muito mais positiva sua experiência de evangelização no fórum geral do metaverso do que suas visitas a igrejas virtuais, porque no fórum ele pôde compartilhar sua experiência com Cristo e orar por um rapaz ateu que foi tocado pela mensagem. Não que o repórter do Christian Post tenha reprovado igrejas que usam o metaverso para suas reuniões, mas o ponto é que ele admite em seu artigo que a experiência da evangelização pessoal foi muito mais interessante e produtiva. Além disso, as igrejas podem usar o metaverso de forma positiva promovendo eventualmente conferências bíblicas para crentes de todas as regiões do mundo, congressos de alta qualidade, diminuindo seus custos na promoção desse tipo de evento e alcançando mais inscritos do que poderiam alcançar normalmente. Com o adendo de que pessoas que se inscrevem em eventos assim estão muito mais focadas em aproveitar o conteúdo a ser ministrado (afinal, se interessaram tanto pelos temas e preletores que pagaram para estar ali) do que pessoas que visitam casualmente uma reunião livre de culto virtual. Isso é diferente de uma igreja se instalar definitivamente como comunidade no metaverso (Já há igrejas nos EUA que fecharam fisicamente pós-pandemia e que estão agora indo para o metaverso). Muitas dessas igrejas fazem isso com a melhor das intenções, mas a questão é o quanto isso é realmente válido e frutífero.

Em resumo, o metaverso pode ser principalmente um excelente espaço para fazer evangelismo, sendo mais um campo dentre outros que a igreja pode explorar em sua missão de alcançar vidas para levá-las a Cristo. Com certeza, lá ela irá encontrar, inclusive, muitas pessoas com carências emocionais, que passam horas do dia no metaverso, pois se sentem sós, frustradas com a realidade e insatisfeitas consigo mesmas, buscando uma nova realidade, interação e satisfação no mundo virtual. “Se você tem 30 minutos, se você tem uma hora, você pode fazer evangelismo de onde estiver via metaverso e isso é muito emocionante. Evangelismo em outras áreas pode exigir milhagens, combustível e esforço, fazer as malas e ir a algum lugar, mas você pode fazer tudo isso do seu computador e a qualquer momento, se você tem algum tempo extra para compartilhar o amor de Deus. E isso é simplesmente notável, realmente revolucionário”, afirma o pastor luterano e capelão Bill Willenbrock, dos EUA, que tem se dedicado a ações de evangelismo pessoal no metaverso.

As igrejas só não devem substituir a experiência de congregar presencialmente com o “congregar” virtual do metaverso, porque as experiências não são idênticas, havendo um déficit real na vida em comunhão. A afirmação de que estar presente fisicamente não importa absolutamente nada não é correta. Perdemos em qualidade de comunhão com nossos irmãos sem a presença física deles. A comunhão é diferente e mais rica presencialmente. Não por acaso, quando amamos uma pessoa, queremos estar próximos dela não apenas virtualmente. Ninguém se contenta em passar a vida apenas vendo virtualmente seus pais, filhos, cônjuge, amigos e irmãos – a não ser que a presença física deles não seja desejável, o que não é saudável. O próprio Deus veio em carne a este mundo, e chegará o dia em que estaremos eternamente com Ele em corpo glorificado nos Céus, e não como almas eternamente desencarnadas. A ressurreição do corpo nos lembra a verdade bíblica de que o físico também tem sua importância (foi Deus que o criou) e que as pessoas não são apenas suas almas, mas seus corpos também. O corpo foi criado por Deus, ele faz parte do que somos, deve fazer parte de nossas interações e é tão importante que será ressuscitado e glorificado por Deus no final dos tempos, conforme Daniel 12.2 e 1 Coríntios 15.

Quando a Bíblia nos orienta a congregarmos, ela não tem em mente nem o estarmos presentes em corpo, mas com nossas mentes distantes; nem o estarmos presentes “em espírito”, mas distantes fisicamente. Uma coisa é você, devido a circunstâncias da vida – como, por exemplo, o lockdown na pandemia –, não poder se reunir fisicamente e ser forçado a assistir cultos online; outra coisa bem diferente é não querer se reunir fisicamente, preferindo apenas os “encontros” online. A verdadeira adoração é “em espírito e em verdade” (João 4.24), mas isso não significa que não devemos nos importar em estarmos juntos fisicamente adorando a Deus (Lucas 24.49,53; Atos 1.12-14; 2.1). Quando Jesus disse “em espírito e em verdade”, Ele não quis dizer que não devíamos nos importar em estar junto das pessoas fisicamente.

Além disso, o próprio ambiente virtual já estimula o usuário a implicitamente não tratar aquela reunião naquela igreja virtual com a mesma seriedade com que ele trataria uma reunião em uma igreja física. A qualquer momento mais “desinteressante” do culto, a pessoa pode pular fora da reunião com indiferença, pois não está inserida em um contexto que a leve a pensar no significado desse seu ato. E as igrejas virtuais, por sua vez, ao se preocuparem em diminuir esses pulos, podem ser tentadas a se desfigurar, a passarem a “produzir” seus cultos online buscando proporcionar “experiências virtuais extraordinárias” que “prendam” as pessoas na reunião, em uma versão muito mais potencializada do que algumas igrejas já fazem hoje em suas reuniões presenciais, com uma série de programações e apresentações que tornam os cultos muito mais focados em agradar as pessoas do que em agradar a Deus.

Alguém poderá dizer que sempre haverá a possibilidade de uma pessoa não crente ou que se desviou da igreja eventualmente entrar para assistir a uma dessas reuniões virtuais com atenção e ser tocada pela mensagem pregada ou cantada. É verdade, mas a probabilidade de se ter essa atenção necessária – e consequentemente essa experiência – é muito menor em uma reunião virtual do que em uma reunião presencial. Assim como a atenção do aluno em uma aula presencial tende a ser maior do que a atenção dele ao professor em uma aula online. Mesmo muitos crentes que assistem a cultos em igrejas virtuais ficam mais dispersos – em um entra e sai – do que atentos de fato, como constatou o jornalista do Christian Post. Quanto mais não crentes.

Logo, parece ser muito mais produtivo fazer ações periódicas de evangelismo pessoal no metaverso do que criar comunidades cristãs no metaverso. Além do que, o objetivo de evangelizar no metaverso não deve ser que as pessoas que venham a Cristo ali continuem passando a maior parte do seu tempo no metaverso, em encontros e reuniões virtuais, mesmo que sejam em igrejas virtuais. O ideal é que elas tenham uma vida de crescimento com Cristo que as faça encarar a realidade de suas vidas no dia-a-dia e conviver com as pessoas como elas são no dia-a-dia, sem sentir necessidade de manter uma vida paralela em alguma realidade virtual.

Deus nos chama para vivermos a realidade da vida com Ele no dia-a-dia. Pessoas que vivem uma nova vida em Cristo não devem continuar fugindo da realidade concreta, imergindo horas em uma realidade virtual, mas devem viver a vida concreta imersos na realidade de Deus.

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