De volta às origens: mas, onde estão os sinais?

De volta às origens: mas, onde estão os sinais?

Ao nos debruçarmos sobre as Sagradas Escrituras, mais precisamente no aconselhamento pastoral do apóstolo Paulo à Igreja em Corinto (1 Coríntios 14.26), notamos uma preocupação eminente sobre a necessidade das riquezas inefáveis dos sinais e maravilhas para a Igreja do Senhor daqueles dias. Vejamos o que diz o versículo: “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”. À luz desse texto, notamos que esta preocupação é mais que atual para elucidarmos os desafios da igreja contemporânea: Mas, afinal, qual a importância e quais as necessidades dos sinais e maravilhas para Igreja do Senhor Jesus hoje?

1 – Os sinais trazem edificação para a Igreja. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.  Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.  Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.  Ora há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.  E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.  Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.  Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas: e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Coríntios 12.1-11). Leia também 1 Coríntios 12.27-31 e Efésios 4.11-16.

2 – Os sinais demonstram a relevância e a importância da veracidade da Igreja de Cristo na Terra. “E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona.  E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. O qual, vendo a Pedro e a João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber deles alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo o Nazareno, levanta-te e anda.  E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus” (Atos 3.1-8). Leia também Atos 9.40; 19.11,12.

3 – Os sinais fazem com que a Igreja cumpra o seu papel na evangelização, no discipulado e na consolidação dos novos crentes em Jesus; e nEle nos tornamos um povo santo, ordeiro e espiritual. “Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém” (Mateus 28.19,20). Leia também Marcos 16.15-20 e Atos 2.47.

Esta é uma síntese da importância dos sinais e maravilhas em nossa vida pessoal e na coletividade, isto é, na Igreja de Cristo.

Um olhar perene sobre os 110 anos das Assembleias de Deus no Brasil

Estamos às vésperas de celebrarmos ao Senhor, no dia 18 de junho de 2021, o trabalho dos nossos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren em solo brasileiro com a finalidade de semear a mensagem pentecostal. Eles, fazendo o uso do legado divino, a saber, os dons espirituais, sinais e maravilhas, cumpriram o chamado do Senhor e, em seu tempo, levaram sua geração a Cristo Jesus. Hoje, somos frutos dessa semente, que germinou, tornando-se uma árvore frondosa, o maior movimento pentecostal do mundo, que está no Brasil.

Ao olharmos para nossa realidade como igreja, somos conclamados pelo Senhor a resgatar as origens bíblicas com a finalidade de provarmos um verdadeiro avivamento, vivendo de novo a plenitude do que foi profetizado por Joel. “E há de ser que depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2.28,29).

O ano de 2020 ficará em nossas memórias como um ano atípico em virtude da pandemia da Covid-19. O planeta Terra parou e todos nós fomos confrontados, principalmente a igreja, que precisou repensar a sua conduta de fé e prática; foram perdas irreparáveis de ilustres servos de Deus, mas a Igreja continuou triunfante, ciente de que tudo isso é um sinal da Volta de Cristo. É despertamento para nós. “Vigiai pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir” (Mateus 25.13).

Precisamos retornar ao altar da oração, à santificação e à leitura diária da Palavra de Deus para que não vivamos os questionamentos feitos por Asafe no Salmo 74.9: “Já não vemos os nossos sinais, já não profeta: nem há entre nós alguém que saiba até quando isto durará”.

Os sinais existem, somos portadores deles. O que precisamos é voltar para o Senhor, e os sinais serão novamente nítidos para a edificação do Corpo e a salvação de todo aquele que crê no poder do Evangelho. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1.16). Que o Senhor nos ajude a buscarmos urgentemente por esse genuíno avivamento!

Por, Nehemias Gaspar.

Se este artigo foi útil para você compartilhe com seus amigos.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem