Jovem muçulmano aceita Cristo e difunde Evangelho nas universidades
Dr. Nabeel Qureshi é um ex-muçulmano devoto que se converteu a Cristo. Desde sua conversão, ele tem dedicado sua vida a difusão do Evangelho através do ensino, pregação, livros e debates. Nabeel da palestras em universidades e seminários na América do Norte, incluindo as universidades de Nova York, Rutgers, Carolina do Norte, Ottawa, e Eastern Virginia Medical School e Biola, além do Seminário Teológico Batista do Sul. Ele já participou de 17 debates públicos em universidades dos Estados Unidos, Europa e Ásia. Seu foco é o contraste entre os fundamentos da fé cristã e os ensinamentos do Islã.
Nabeel é um membro da equipe de palestrantes do ministério do apologista cristão Ravi Zacharias, autor do livro "Quem é Jesus?" (CPAD). Ele possui um mestrado em Medicina pela Eastem Virginia Medical School, um mestrado em Apologética Cristã pela Universidade de Biola e um mestrado em Religião pela Universidade de Duke. Nesta entrevista concedida originalmente ao site do Ravi Zacharias Internacional Ministras, ele fala sobre sua conversão à Cristo e seu ministério.
Você foi criado desde cedo no islamismo?
Um simples "sim" não seria suficiente como resposta. Eu estava apaixonado pelo Islã. Minha ascendência materna é repleta de missionários muçulmanos, homens que passaram a vida pregando o Islã. Seguindo a linha deles, e sob a supervisão da minha mãe, eu li todo o Alcorão em árabe ainda aos cinco anos de idade. Durante a minha adolescência, eu tinha memorizado mais de uma dúzia de capítulos do Alcorão e corajosamente proclamei o Islã como verdade para os meus colegas, muitas vezes desafiando os cristãos em sua fé. Essas conversas, por sua vez, serviram para reforçar a minha fé. O Islã era para mim mais do que a minha religião. Ele corria através de mim, era a definição de meu ser. O Islã era a minha alma.
Como você conheceu a Cristo?
Eu encontrei um amigo na faculdade que tinha estudado apologética, e ele foi a primeira pessoa que eu conheci que foi capaz de defender de forma inteligente a sua fé cristã. Nós discordávamos sobre praticamente tudo, mas no decorrer de nossas discussões e argumentos, nos tornamos amigos inseparáveis! Ao longo de alguns anos, nós conversávamos sobre a confiabilidade do Novo Testamento, a ressurreição de Jesus, a Trindade, a expiação substitutiva e outras questões cristãs críticas. Eu percebi que o núcleo da fé cristã era fortemente evidenciado. Voltando o olhar para o Islã, depois de um tempo de exame crítico, eu achei que o Islã estava muito aquém. Como o peso das minhas descobertas tornaram-se insuportáveis, eu voltei-me para Deus pedindo sua orientação espiritual direta. Deus me deu uma visão e três sonhos que me apontaram para Jesus.
Quais foram os desafios que você enfrentou após sua conversão?
Desde que me tornei um crente a minha família nunca mais foi a mesma. Minha mãe nunca teve mais o brilho de alegria nos olhos dela e meu pai nunca mais disse as palavras "Eu estou orgulhoso de você". Eu me tornei uma vergonha para a minha família. Ameaças de morte e de ostracismo não são nada comparados com a dor de saber que eu sou o único que trouxe mágoa insuportável para os meus próprios pais, aqueles que me amaram e me abrigaram desde o primeiro dia. Mas tenho descansado nas promessas de Jesus, especialmente em Marcos 10.29,30.
Que conselho você dá para ajudar um cristão que deseja alcançar um amigo muçulmano para Cristo?
Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, alma, mente e força, e amarás o teu próximo muçulmano como a ti mesmo. Deixe esses dois amores serem incondicionais. Ao amar assim a seus amigos muçulmanos, eles irão ver que eles não são o seu "projeto de evangelismo", mas verdadeiros amigos. É assim que você vai ganhar o direito de falar para suas vidas, e isso é muito importante para os muçulmanos que tradicionalmente estão mergulhados em uma estrutura de autoridade. Se eles veem o seu amor incondicional por Deus tanto nos momentos de dor como nos tempos de fartura, eles serão afetados. Claro, também peça ao Espírito Santo para infundir o seu próprio ser e fornecer sabedoria e descrição para todas as ocasiões, especialmente durante as discussões. Em última análise, o Espírito Santo é quem faz o trabalho através de nós. É uma batalha espiritual. Resumindo, é preciso conhecer as Escrituras, aprofundar a sua disciplina espiritual e seguir o grande mandamento a fim de cumprir o seu papel na Grande Comissão dada por Jesus.
O que te motiva a fazer o evangelismo?
Somos, naturalmente, "evangelistas" das coisas que amamos. Eu por exemplo, estou pronto para defender os Mcs do diante dos Pcs, a incentivar os comedores mais tímidos a tentar um sushi, a informar com alegria as pessoas sobre as coisas que acho que são impressionantes. Assim, quando se trata de Deus, que é muito maior do que tudo isso, que é maravilhoso no verdadeiro sentido da palavra, eu não posso ajudar? Deus é extraordinário, e é para nós uma grande honra e privilégio introduzir as pessoas no conhecimento de Deus. Sim, é para a salvação delas, mas também é pelo simples prazer de introduzir alguém a seu Pai pela primeira vez, um Pai infinitamente amoroso!
Como o quê você passou afeta o seu evangelismo?
O Único e Verdadeiro Deus Trino é digno acima de tudo de ser louvado. Deus atentou para a nossa vergonha, pagou o nosso preço, e morreu a nossa morte. O deus muçulmano nunca se humilhou por nós, nunca nos amou incondicionalmente. Essas verdades me motivam. Sou motivado cada vez mais quando eu falo as pessoas sobre o Senhor. Tendo estudado apologética, tenho confiança de que o Evangelho é verdadeiro e a verdade da mensagem me motiva a compartilhá-la com aqueles que precisam e buscam a verdade.
Qual o papel da apologética nesse contexto?
A apologética me mostrou que, apesar de tudo o que foi ensinado sobre o cristianismo e tudo o que eu acreditava sobre o Islã, o Evangelho é verdadeiro. A apologética demoliu as barreiras que haviam sido erguidas para manter-me sem ver a verdade do Evangelho. Uma vez que eu vi a verdade, foi o Espírito Santo que me convenceu a adotá-la a todo custo. No meu evangelismo, oro para apresentar a apologética de uma forma cativante que deixará as pessoas cara a cara com Deus. O que essas almas então fazem é entre elas e o Espírito Santo. Oro para quê se uma pessoa aceita ou rejeita a Deus, eles façam isso por causa do que Deus é, e não por causa do que Deus não é. Essa é a função da apologética no evangelismo.
Quais são as suas expectativas agora?
Para mim, o maior prazer na vida é ver a luz acender nos olhos das pessoas o momento em que eles percebem os santos, extraordinários e incompreensíveis poder e amor de Deus. Aquele momento " Ah!". O compromisso que se segue a uma alma quebrantada para Deus é o que impulsiona o meu ministério. O desejo do meu coração é mostrar as pessoas que o Senhor está trabalhando ao redor delas, que Deus as ama apesar de seus pecados e que, através do arrependimento verdadeiro e a disposição de seguir a Jesus, elas podem ter certeza de uma eternidade com Deus a partir de hoje. Oro para que o Espírito Santo me use para ampliar e aprofundar o impacto do Evangelho do Reino, e para introduzir mais pessoas a presença do Pai.
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