Os corpos dos ímpios ressuscitados

Os corpos dos ímpios ressuscitados

Como serão os corpos das pessoas não crentes na ressurreição?

A0 escrever sobre a ressurreição, o teólogo Gary R. Habermas (2009, p.343) observa que ela é como um diamante multifacetado. Virando para um lado, veremos suas fortes evidências históricas, mesmo se usássemos apenas um limitado número de fatos confirmados pelos dados e que são reconhecidos até mesmo pelos críticos. Por outro lado, se virarmos esse diamante, esses mesmos fatos acabam por refutar as alternativas naturalistas que visam negar a ressurreição. Se dermos meia volta com essa pedra preciosa, acabaremos por nos concentrar na natureza corporal das aparições de Jesus. Habermas conclui que se mantivermos todas essas facetas em mente, poderemos ver como o foco da ressurreição da Teologia Cristã propicia um ponto de integração entre todos os aspectos da vida.

A Doutrina da ressurreição das pessoas não crentes enquadra-se na categoria de “Ressurreição Geral”. No antigo Testamento, temos algumas passagens que se referem a ela de uma forma bastante clara, como, por exemplo, Jó 19.26, Salmos 49.15 e Daniel 12.2,13. No Novo Testamento, encontraremos cinco tipos de ressurreição:

1) A ressurreição de pessoas que haviam morrido, mas que ressurgiram para a mesma vida mortal, mas agora renovada (João 11.43,44; Hebreus 11.35 e Levítico 7.14,15);

2) A ressurreição corporal de Jesus para a imortalidade;

3) A ressurreição futura dos cristãos para a vida eterna (1 Coríntios 15.42,52);

4) A ressurreição espiritual dos crentes, através do novo nascimento, para uma nova vida com Cristo (Colossenses 2.12);

5) E a ressurreição pessoal dos incrédulos para o juízo final e que acontecerá no futuro (João 5.29; Atos 24.15).

Essas duas últimas referências bíblicas são muito claras em distinguir uma ressurreição que conduz à vida eterna com Deus de uma outra que conduzirá a uma eterna condenação. Sobre essa ressurreição das pessoas convertidas ao Evangelho, a Bíblia tem muito a dizer, inclusive como será a natureza de seus corpos. Por exemplo, na ressurreição dos crentes, seus corpos serão incorruptíveis (1 Coríntios 15.42), gloriosos (1 Coríntios 15.43), poderosos (1 Coríntios 15.43), sobrenaturais (1 Coríntios 15.44) e iguais ao de Cristo (Filipenses 3.21; 1 João 3.2). Por outro lado, a ressurreição dos ímpios será para a vergonha e humilhação eternas (Daniel 12.2; João 5.29).

M. J. Harris (2011, p.871) observa que um juízo universal implicará em uma ressurreição universal, mas os injustos serão ressuscitados somente no sentido de que pelo poder de Deus terão seus corpos reanimados, comparecendo perante Deus de uma forma pessoal. Em outras palavras, os incrédulos ressuscitarão, mas não terão seus corpos glorificados como os cristãos. Esse fato é observado pelo expositor bíblico W. W. Wiersbe (2006, p.395) ao destacar que os incrédulos receberão um corpo ressurreto, porém não glorificado, para que sejam julgados e sofram nesse corpo os castigos que lhe são devidos. O corpo usado para o pecado sofrerá as consequências desse pecado.

Por, José Gonçalves.

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